Economia

Preços dos combustíveis continuam a subir em Minas

Preços dos combustíveis continuam a subir em Minas
Crédito: Charles Silva Duarte / Arquivo DC

O preço médio da gasolina em Minas Gerais apresentou mais um avanço na última semana. O combustível atingiu o valor de R$ 5,77 no período que engloba desde o dia 18 de abril até o último dia 24.

Na comparação com a semana anterior (R$ 5,72), a alta do preço da gasolina foi de 0,87%. Já quando se verifica os primeiros dias do mês, de 28 de março a 3 de abril (R$ 5,62), o aumento chega a 2,6%. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em Belo Horizonte, o preço médio da gasolina também vem apresentando aumento ao longo do tempo. Na última semana, o valor do combustível chegou a R$ 5,73, o que representa alta de 0,35% em relação à semana anterior e de 3,4% quando comparado ao período de 28 de março a 3 de abril (R$ 5,54).

Os números ainda mostram que não foi somente a gasolina que registrou expansão de preços, uma vez que a tendência de alta foi verificada nos valores de outros combustíveis. Isso tanto no Estado quanto na capital mineira.

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O preço médio do óleo diesel também apresentou aumento de uma semana para outra em Minas Gerais. Na última semana, o combustível foi comercializado a R$ 4,24 no Estado, o que corresponde a um incremento de 0,71% quando comparado à semana anterior (R$ 4,21). Em Belo Horizonte, no mesmo período, o incremento foi de 2,1%, passando de R$ 4,27 para R$ 4,36.

Aumentos dos preços também foram notados quando se verifica a média dos valores do gás natural veicular (GNV). Na última semana no Estado, o combustível foi comercializado a R$ 3,60, o que representa um aumento de 5,8% na comparação com a semana anterior (R$ 3,40) e de 7,4% em relação ao período de 28 de março a 3 de abril (R$3,35).

Na capital mineira, a alta do preço médio do GNV também foi verificada na última semana. O valor do combustível chegou a R$ 3,39. Nas últimas três semanas, o preço médio foi o mesmo (R$ 3,34).

O preço médio do etanol hidratado na última semana em Minas Gerais, por sua vez, foi de R$ 3,94, o que representa um incremento de 2,87% na comparação com a semana anterior (R$ 3,83) e de 0,51% em relação ao período de 28 de março a 3 de abril (R$ 3,92).

Gasolina avança 13,1% nos três últimos meses

Os números divulgados pela ANP também mostram as alterações nos preços dos combustíveis ao longo de três meses em Minas Gerais, de fevereiro a abril. No período, a gasolina apresentou um avanço de 13,1%, passando de R$ 5,08 para R$ 5,75.

O preço médio do óleo diesel no Estado, por sua vez, passou de R$ 4,01 em fevereiro para R$ 4,23 em abril. O incremento, nesse caso, foi de 5,4%.

Também foi notado avanço nos valores do GNV, que no mesmo período passou de R$ 3,36 para R$ 3,55, e do etanol hidratado (R$ 3,44 para R$ 3,88). Os números representam avanços de 5,6% e 12,7%, respectivamente.

Produção da Petrobras tem queda de 5,3%

Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos, litoral do Rio de Janeiro 05/09/2018 REUTERS/Pilar Olivares

Rio – A produção de petróleo da Petrobras no Brasil caiu 5,3% no primeiro trimestre, ante o mesmo período do ano passado, com efeito de vendas de ativos e declínio natural de campos maduros, informou ontem a petroleira, que também registrou recuo das exportações.

Entre janeiro e março, a petroleira produziu 2,196 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo. Na comparação com o quarto trimestre, no entanto, houve alta de 2,9%, devido à continuidade do ramp-up da plataforma P-70, no campo de Atapu, e a menores perdas com paradas para manutenção em plataformas do pré-sal.

A produção total de petróleo, LGN e gás natural, por sua vez, somou 2,765 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boe/d) no primeiro trimestre, queda de 5%, ante um ano antes e alta de 3,1% ante o período entre outubro e dezembro.

“Quando comparamos com o primeiro trimestre de 2020, a produção teve uma redução de 5% devido, principalmente, aos desinvestimentos concluídos ao longo de 2020 e início de 2021 e ao declínio natural de produção, que teve uma média de 11% nos projetos que já atingiram o seu pico de produção e entraram na fase de declínio”, disse a empresa.

Devido ao agravamento da pandemia, a Petrobras afirmou que reduziu “novamente” o efetivo nas plataformas, dentre outras medidas, e que tem “conseguido operar com segurança e eficiência e manter um bom desempenho”.

A produção no pré-sal somou 1,9 milhão de boe/d no trimestre, representando 69% da produção total da Petrobras contra 63% registrados um ano antes.

“A produção nas plataformas do campo de Búzios aumentou 14%, devido, principalmente, à maior eficiência e à estabilização das unidades”, disse a Petrobras.

“Registramos, também, aumento da produção no campo de Tupi, devido ao término do ramp-up da P-67, e nos campos de Berbigão, Sururu e Atapu, com a continuidade do ramp-up das plataformas P-68 e P-70.”

Comércio exterior -As exportações de petróleo caíram 36,6% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 511 mil bpd.

A Petrobras explicou que o recuo das vendas externas foi influenciado por uma menor produção de óleo no fim do quarto trimestre, período em que foi retomada a campanha de paradas programadas que não puderam ser efetuadas nos dois trimestres anteriores devido à pandemia.

Já as importações de petróleo cresceram 37,3%, para 390 mil bpd, devido a paradas programadas realizadas em unidades.

As importações de diesel dispararam 678%, para 70 mil barris ao dia, devido às paradas programadas nas refinarias.

Vendas internas – As vendas de derivados do petróleo no mercado interno somaram 1,667 milhão de barris por dia, alta de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado e queda de 5,6% ante o quarto trimestre.

As vendas de diesel somaram 732 mil barris por dia, alta de 20% na comparação anual, enquanto as vendas de gasolina somaram 342 mil barris por dia, alta de 3,8% na mesma comparação.

A Petrobras ressaltou que superou em março o recorde de vendas de diesel S-10, com baixo teor de enxofre, alcançando a marca de 416 mil bpd. O recorde anterior era de 407 mil bpd, registrado em outubro de 2020.

O recorde ocorreu apesar de quatro paradas programadas obrigatórias para manutenção de refinarias nas unidades Refap, RPBC, Regap e Reduc ao longo do primeiro trimestre, segundo a Petrobras, uma vez que foi possível manter o fator de utilização do parque de refino em 82%, ante 84% no quarto trimestre e 80% um ano antes.

A petroleira alcançou recordes de produção de diesel S-10 na Refap e Revap, de bunker na Replan e de óleo combustível de baixo teor de enxofre na Rnest e RPBC. (Reuters)

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