Preços ao produtor no Brasil recuam em março pelo 2º mês seguido

Os preços ao produtor no Brasil recuaram em março pelo segundo mês seguido diante da queda nos preços dos alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,62% em março sobre o mês anterior, depois de ter caído 0,12% em fevereiro. Os dois meses de deflação seguiram-se a 12 resultados positivos seguidos.
O resultado do mês levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 8,37%.
Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 10 registraram variações negativas de preço em março sobre o mês anterior.
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“Há uma série de fatores (para o resultado de março). As variações negativas nos preços de alimentos – em particular das carnes bovinas congeladas, produto de maior peso no setor – é um fator que explica em grande parte o movimento”, disse Alexandre Brandão, gerente do IBGE.
Alimentos foi o setor industrial de maior destaque no resultado de março do IPP, com queda de 1,35%, mostrando variação negativa pelo terceiro mês seguido e a queda mais forte desde junho de 2023 (-3,30%).
“Na comparação mensal, três grupos apresentaram variação negativa de preços, todas mais intensas que a média do setor (de alimentos): abate e fabricação de produtos de carne (-3,27%), fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais (-3,91%) e moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais (-2,61%)”, completou Brandão.
Já a atividade de indústrias extrativas foi a que apresentou a maior variação na comparação mensal, com recuo de 3,61%, exercendo a segunda maior influência no resultado do IPP.
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
Reportagem distribuída pela Reuters
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