Economia

Prefeitura cria o BHLab para estimular inovação

Decreto também cria condições para o aporte de recursos da PBH Ativos em startups com foco em govtech
Prefeitura cria o BHLab para estimular inovação
Fuad Noman assinou decreto da política de inovação | Crédito: Adão de Souza/PBH

Foi assinado na tarde de ontem, pelo prefeito Fuad Noman, o decreto que estabelece a política de inovação aberta de Belo Horizonte. Essa determinação prevê a institucionalização de programas de promoção e incorporação de inovações na gestão pública, principalmente aquelas que envolvam a participação de startups.

A nova política será coordenada pelo BHLab, estrutura de governança que será composta pelas secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico; de Planejamento, Orçamento e Gestão; além da PBH Ativos, da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel) e Empresa Municipal de Turismo de BH (Belotur). Esses órgãos serão responsáveis pelo direcionamento, articulação, promoção, experimentação e avaliação das atividades.

O presidente da Prodabel, Jean Mattos, revelou que o primeiro edital, chamado ciclo de inovação, deve ser divulgado até o mês de outubro. “Esse edital, na verdade, vai caracterizar um conjunto de desafios e problemas e permitir que diversas startups e empresas inovadoras se habilitem para participar de um processo seletivo”, disse.

Já o prefeito de Belo Horizonte explica que o BHLab é um programa de apoio às startups e de desenvolvimento de empresas com apoio da PBH para buscar soluções para a própria Prefeitura. “É um programa amplo, aberto, permitindo que as empresas possam ter um lugar para desenvolver seus projetos, e que oferece um apoio financeiro, se for o caso”, declarou Fuad Noman.

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“Eu acho que esse projeto, o BHLab, que nós estamos mostrando hoje, é a semente mais importante que nós estamos plantando para fazer que Belo Horizonte se torne a cidade da tecnologia e do desenvolvimento. Além de deixar de perder técnicos, especialistas e pessoas qualificadas para outras cidades e para outros países”, acrescentou.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Fernando Motta, este é um marco para a consolidação do ecossistema de inovação da capital mineira, principalmente, no que diz respeito às govtechs.

“Essa iniciativa reforça o compromisso do poder público com o segmento e o nosso interesse de investir em soluções que tragam resultados para os empresários e também para todos os cidadãos que aqui vivem”, assegurou.

Investimentos em inovações

A determinação também cria condições para o aporte de recursos da PBH Ativos em startups com foco em govtech. Noman explicou que o órgão poderá participar desse projeto seja como sócio ou apenas com a participação. “Com isso, nós queremos dar um apoio forte para as pessoas que querem empreender para desenvolver tecnologia”, contou.

A expectativa é que essa política possa atender a dois objetivos fundamentais para a cidade. O primeiro é fomentar o ecossistema e o segundo será melhorar a qualidade da prestação de serviços públicos municipais ao cidadão.

O prefeito ainda revelou que, apesar de o programa ter sua característica própria, o fato dele estar sendo realizado no centro da cidade, faz com que ele cumpra uma parte dos objetivos do projeto Centro para Todos.

Fuad Noman também destacou a importância do P7 Criativo para o desenvolvimento de políticas voltadas à inovação no município. “Esse prédio é icônico para esse assunto. O P7 Criativo desenvolve e é vocacionado para esse tipo de empreendimento e é aqui que nós vamos fazer o nosso nascedouro das grandes empresas”, ressaltou.

Fuad Noman reforçou que não existe um valor determinado para os investimentos, pois isso dependerá da demanda das empresas. “Queremos fazer aportes para as empresas, mas isso vai depender muito de cada caso, (o investimento) pode chegar até R$ 1 milhão ou R$ 1,6 milhão. São coisas pontuais, nós não temos um volume estabelecido, enquanto for surgindo a demanda nós vamos apoiando dentro das possibilidades da Prefeitura”.

Um passo importante para o setor de inovação

O presidente da Prodabel, Jean Mattos, declarou que esse decreto chega para fortalecer as iniciativas de inovação que já estão sendo adotadas pela Prefeitura. Ele ainda afirmou que essas iniciativas passam a ter uma nova perspectiva graças à disposição dessa nova política e a criação do BHLab.

“Estamos dando um passo adiante na implementação do marco legal das startups no município, possibilitando o fomento e a incorporação de inovações junto ao nosso ambiente empreendedor”, explica.

O presidente do Prodabel ainda revelou que aquelas empresas que estiverem em posições melhores poderão receber premiações e remunerações ao longo desse processo. Essas premiações deverão exigir um investimento que pode chegar a até R$ 1,6 milhão por ano.

Ele também ressaltou que a ideia é que o processo vai sendo aprimorado ao longo do tempo, tanto com o aprendizado do próprio setor e das empresas quanto da Prefeitura. Dessa forma, segundo ele, será possível qualificar desafios, problemas e lidar com a inovação aberta efetivamente.

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