Economia

Presentes de Natal devem ter tíquete médio maior neste ano em BH

Total dos consumidores que pretendem presentear em 2024 é o mais alto desde o início do levantamento, em 2015: 74,43%
Presentes de Natal devem ter tíquete médio maior neste ano em BH
Enfeites de Natal | Foto: Dione AS/Diário do Comércio

O Natal deste ano em Belo Horizonte deve ser mais aquecido na comparação com 2023. O motivo é o aumento no valor do tíquete médio dos presentes, na casa dos 39% na comparação com o exercício passado, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), divulgado nesta segunda-feira (9).

Entre os consumidores que pretendem presentear, o valor médio dos presentes a serem adquiridos é de R$ 172,20. Além do crescimento do tíquete médio, o total dos entrevistados que pretendem presentear neste ano em Belo Horizonte é o mais alto desde o início do levantamento, em 2015: 74,43%. O percentual representa alta de 4,88% em relação ao ano passado.

“Isso mostra que o ambiente econômico está mais favorável este ano na comparação com 2023, já que o desemprego está menor e a massa salarial vem crescendo. Dessa forma, o levantamento sinaliza que o consumidor está mais disposto a gastar em 2024”, observa o economista da Fundação Ipead, Diogo Santos.

Ele acrescenta que o crescimento do tíquete médio dos presentes de Natal na Capital está muito acima do aumento da inflação acumulada no ano até novembro, que é de 7%, enquanto nos últimos doze meses a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte, calculado pela Fundação Ipead, é de 7,82%.

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Preços dos presentes de Natal

A pesquisa mostra também que 55,9% dos entrevistados pretendem comprar presentes acima de R$ 150. A faixa de preço mais elevada, superior a R$ 250, foi citada por 28,57% dos consumidores. E houve queda na parcela que pretende comprar presentes na faixa de preço de até R$ 150.

Também foi verificado um leve recuo na parcela das pessoas que pretende gastar um valor igual ao ano anterior, de 39,86% para 38,51%, bem como houve queda entre os que pretendem comprar presentes com valor superior ao ano passado, de 37,16% para 34,16%. Em contrapartida, o estudo mostra que houve alta de 17,57% para 19,88% das pessoas que pretendem gastar menos do que gastaram no ano anterior.

A perspectiva de vendas aquecidas também é esperada pela entidade que representa o varejo na capital mineira, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). A entidade está otimista com o Natal que deve impulsionar as vendas do varejo na cidade, com previsão de crescimento de 1,55% no mês de dezembro em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é que R$ 2,52 bilhões sejam injetados na economia de Belo Horizonte no último mês do ano.

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