Economia

ProChile em BH estimula as relações comerciais

ProChile em BH estimula as relações comerciais
Entre os setores considerados interessantes por chilenos para estreitar relações está a mineração | Crédito: Ricardo Teles

Com o objetivo de fortalecer as relações comerciais entre Minas Gerais e o Chile, o ProChile, organização do Ministério das Relações Exteriores do Chile para assuntos ligados à promoção da exportação de bens, produtos e serviços, inaugurou seu escritório em Belo Horizonte no começo desta semana.

Este já é o segundo escritório no Brasil, sendo que o primeiro está localizado na cidade de São Paulo.

Conforme destaca a diretora comercial do ProChile Brasil, María Julia Riquelme, o Estado é um celeiro de oportunidades para os negócios do país. Além disso, também poderá se beneficiar de soluções diferenciadas para diversas áreas de atividades.

“A relação bilateral do Chile com o Brasil é de suma importância. Há mais de 24 anos, firmamos uma relação em que nossos produtos são importados e exportados, sobretudo alimentos e bebidas. Há 15 anos, o Chile se tornou o principal fornecedor de vinhos importados para o Brasil. Agora, queremos um apoio comercial em Belo Horizonte para continuarmos fazendo negócios”, diz ela.

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Minas Gerais tem um ambiente propício para isso, inclusive para intensificar algumas formas de atuação da nação chilena. A questão da inovação, fortemente buscada e presente no Estado, por exemplo, é um ponto importante para o Chile neste momento, que é também uma referência nesse quesito na América Latina.

Uns dos setores em Minas que deverão contar com a expertise importada de lá são a mineração e o agronegócio. Algumas das soluções que poderão ser trazidas para Minas Gerais, nos próximos tempos, são, por exemplo, o desenvolvimento de softwares específicos na área de inteligência para o setor de mineração e a automatização de determinados processos.

Já no que diz respeito aos alimentos, o forte trabalho do Chile com os orgânicos deverá encontrar um terreno fértil em Minas Gerais, que poderá contar com soluções ainda mais desenvolvidas para o segmento.

Pandemia – Conforme ressalta María Julia Riquelme, o Chile também poderá contribuir com soluções relacionadas ao combate ao novo coronavírus (Covid-19) em Minas Gerais e no Brasil.

Por lá, algumas empresas têm desenvolvido produtos promissores nesse sentido, que utilizam, inclusive, minério como matéria-prima. É o caso da startup Copper 3D. A marca fez um modelo de máscara para impressora 3D que usa material com micropartículas de cobre. O uso do minério seria um agente importante para o combate à doença.

Outro exemplo é o da startup Zyght Hse Tecnology, que foi a responsável pelo desenvolvimento de um software para a higienização dos locais de trabalho – mais uma forma de enfrentamento ao novo coronavírus.

María Julia Riquelme lembra também que Minas Gerais conta com uma importante empresa chilena, a Bailac. O know-how da organização permite o atendimento a requerimentos de grandes mineradoras no segmento de pneus.

“É uma empresa que há muitos anos está instalada no Brasil. Neste momento, porém, mais do que a instalação de empresas no País, nosso trabalho como escritório tem focado a promoção da exportação do Chile”, detalha.

Internacionalização – O consultor de negócios internacionais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Alexandre Brito, destaca que a iniciativa no Estado é superinteressante.

“A abertura do escritório, embora seja para fomentar as exportações chilenas no mercado mineiro, será um item de reforço nesse relacionamento bilateral, que já é muito bom. Além disso, é uma alternativa de custo mais baixo, por meio de um contato direto”, ressalta ele.

Para Alexandre Brito, o escritório trará o estreitamento de contato na área de fornecimento de diversos produtos chilenos. “A gente já se beneficia muito nesse mercado, que é totalmente liberado. Temos tarifa zero Brasil-Chile”, frisa ele.

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