Minas Gerais tem alta na produção de aço bruto no 1º semestre

No primeiro semestre deste ano, a produção de aço bruto cresceu 4% em Minas Gerais, totalizando 4,94 milhões de toneladas, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil. O resultado fez do Estado o maior produtor do País no período, com 30,1% de market share. Para efeitos de comparação, o Rio de Janeiro ficou em segundo lugar com 26,2%, ao produzir 4,31 milhões de toneladas.
Apenas em junho, as siderúrgicas mineiras produziram 855 mil toneladas de aço bruto, o que representa um crescimento de 21,6% em comparação à mesma época do exercício passado. Com o resultado, o Estado também liderou o ranking de produtores no mês, com 29,8% de participação. Já a siderurgia fluminense, vice-líder, somou a fabricação de 781 mil toneladas, ou 27,2% do total nacional.
Já quando considerado o acumulado dos primeiros seis meses de 2024, Minas Gerais produziu menos aço semiacabado para venda e laminado em relação a igual intervalo de 2023. Foram 4,55 milhões de toneladas produzidas, queda de 1,3%. Apesar do recuo, o Estado manteve a liderança produtiva, com 29% de market share, novamente acima do Rio de Janeiro, com 25,7%.
A retração semestral poderia ser pior se a siderurgia mineira registrasse baixa na produção de semiacabados e laminados no sexto mês do ano, o que não aconteceu. No período, a região fabricou 747 mil toneladas, avanço de 3,3% frente a junho do último exercício, e primeiro colocação no País, com 27,7% de participação, contra 26,8% das siderúrgicas fluminenses.
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Produção nacional de aço bruto também sobe
Nacionalmente, os números do Aço Brasil mostram que a produção de aço bruto teve um incremento de 2,4% nos primeiros seis meses deste exercício, chegando a 16,43 milhões de toneladas. Somente em junho, as siderúrgicas do País registraram elevação de 11,8% na quantidade fabricada. Adicionalmente, a quantidade de aço laminado produzido no País cresceu 4,8% no acumulado do ano e 13,9% no intervalo entre o sexto mês de 2023 e o de 2024.
Em contrapartida, a siderurgia brasileira produziu um volume de semiacabados inferior nas duas bases comparativas. Houve decréscimo produtivo de 11,3% em junho e de 13,9% no semestre.
Consumo aparente, vendas internas, exportações e importações
Ainda conforme o Instituto Aço Brasil, o consumo aparente de produtos siderúrgicos alcançou 12,4 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2024, acréscimo de 6% sobre o mesmo intervalo do ano passado. No sexto mês deste ano, ante igual intervalo do exercício anterior, o incremento chegou a 10,3%. Na seara de bons resultados, as vendas internas também cresceram 3,5% no acumulado de janeiro a junho, para 10,1 milhões de toneladas, e em junho, 11,5%.
Quanto aos resultados negativos, as exportações caíram 25,3% nos primeiros seis meses do ano, totalizando 4,7 milhões de toneladas, e 45,5% em junho. Além disso, as importações aumentaram 23,9% no acumulado do ano, somando 2,7 milhões de toneladas, e 12,1% no sexto mês, mesmo com a medida do governo federal para barrar a entrada massiva de importados.
Cotas de importação
O mecanismo de defesa da siderurgia nacional estabelecido pela União em abril entrou em vigor no dia 1º do mês passado e terá validade de 12 meses. Na prática, foi criado cotas de importação para 11 produtos de aço, com imposto de 25% para os pedidos que ultrapassarem o limite.
A expectativa do setor é que os efeitos reais da medida sejam sentidos a partir do segundo semestre deste ano. Com a perspectiva de eficácia da ação, o Aço Brasil revisou suas projeções para 2024, em relação ao divulgado em novembro de 2023. A entidade agora estima, por exemplo, crescimento de 0,7% na produção de aço bruto e redução de 7% nas importações, ante previsão anterior de queda de 3% na fabricação e acréscimo de 20% no volume importado.
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