Produção da Anglo American no Minas-Rio bate recorde em 2024
A Anglo American registrou, em 2024, a maior produção da história do Minas-Rio. No período, a mineradora produziu 25 milhões de toneladas de minério de ferro no complexo, o que representa um aumento de 3% frente a 2023. Localizado em Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas Gerais, o sistema entrou em operação há uma década.
O desempenho histórico do empreendimento veio em linha com as expectativas da empresa no começo do ano. A projeção era de alcançar entre 23 milhões e 25 milhões de toneladas.
A capacidade instalada anual do Minas-Rio é de 26,5 milhões de toneladas. A produção é enviada, sobretudo, para clientes dos Emirados Árabes, Japão, norte da África e Europa.
O último trimestre do sistema foi o mais forte de 2024, com 6,5 milhões de toneladas produzidas e uma alta anual de 2%. Segundo a companhia, a performance reflete maior estabilidade operacional e demonstra a efetividade dos preparativos para o acesso à mina na estação chuvosa, apesar dos níveis de precipitação maiores em relação ao ano anterior.
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“Como resultado de planos robustos ao longo do ano que ajudaram a garantir o volume e a qualidade do minério para a planta, em conjunto com a boa estabilidade da unidade, o Minas-Rio alcançou seu melhor desempenho operacional de 12 meses de todos os tempos”, destacou a mineradora em balanço divulgado nesta quinta-feira (6).
Mineradora prevê produzir entre 22 milhões e 24 milhões de toneladas neste ano
Para 2025, a estimativa da Anglo American é de produzir uma quantidade menor de minério de ferro no Minas-Rio. A empresa prevê atingir entre 22 milhões e 24 milhões de toneladas. A justificativa para o recuo é a inspeção quinquenal do mineroduto responsável por escoar a produção até o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, planejada para o segundo semestre.
Para os anos seguintes, as estimativas da mineradora para o complexo de Conceição do Mato Dentro são mais otimistas. A companhia projeta, para 2026, um volume de 23 milhões a 25 milhões de toneladas e, para o ano posterior, 24 milhões a 26 milhões de toneladas.
Acordo com a Vale poderá elevar a produção do Minas-Rio no futuro
No futuro, a produção do Minas-Rio poderá subir significativamente, já que os recursos de alto teor de Serra da Serpentina, projeto vizinho ao complexo, serão integrados ao sistema.
Em dezembro, a Vale transferiu a Serra da Serpentina para a Anglo American, junto a um pagamento de US$ 157,5 milhões, em troca de 15% de participação acionária no Minas-Rio e opção de adquirir mais 15% em caso de expansão, com valor determinado eventualmente.
No relatório de resultados operacionais, a Anglo American enfatizou que o acordo com a Vale fornece opções significativas de crescimento e sinergia para o complexo.
A integração da Serra da Serpentina ao Minas-Rio cria escopo para dobrar a produção de produtos do sistema nas próximas décadas, além de garantir a longevidade da operação.
Conforme dito anteriormente pela CEO da Anglo American no Brasil, Ana Sanches, a empresa vai fazer estudos de viabilidade para definir a melhor estratégia a ser adotada para incorporar os recursos minerais da Serra da Serpentina ao sistema. De acordo com a executiva, os levantamentos serão realizados ao longo de cinco anos.
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