Economia

Produção da AngloGold em Minas Gerais recua no semestre

O resultado decorreu do desempenho no primeiro trimestre, visto que, no segundo trimestre, a produção da empresa cresceu
Produção da AngloGold em Minas Gerais recua no semestre
A melhora no teor de ouro do minério compensou parcialmente o recuo de 10,8% na produção das operações Cuiabá | Foto: Divulgação Daniel Mansur

A produção da AngloGold Ashanti em Minas Gerais recuou 2,3% no primeiro semestre ante o mesmo intervalo do ano passado, para 126 mil onças de ouro. O volume consta em balanço divulgado nesta segunda-feira (4) e abrange as operações Cuiabá, localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

De acordo com a mineradora, o volume no Estado diminuiu, principalmente, em razão de uma redução de 5% nas recuperações da planta metalúrgica do Queiroz, que fica em Nova Lima. Uma melhora no teor de ouro do minério compensou parcialmente a queda.

O resultado da primeira metade do ano decorreu do desempenho da empresa no primeiro trimestre, quando a produção em Cuiabá recuou 10,8% em relação à igual período de 2024, para 58 mil onças. Isso porque, no segundo trimestre, a performance foi positiva.

No período de abril até junho, as operações da companhia em Minas Gerais produziram 68 mil onças de ouro, o que indica um crescimento anual de 6,2%. A quantidade cresceu, sobretudo, devido ao aumento de toneladas de minério extraídas e uma melhora de 5% no teor de ouro do minério. Neste caso, uma baixa de 6% nas recuperações da unidade nova-limense atenuou, de forma parcial, o avanço alcançado.

Resultado no Brasil cai 11,1%

No Brasil, a produção da AngloGold totalizou 152 mil onças de ouro no acumulado do ano, um recuo de 11,1%. O resultado nacional inclui as operações Serra Grande, situadas na cidade de Crixás (Goiás), onde o volume produzido caiu 38,1%, para 26 mil onças, principalmente em virtude de menores teores recuperados e à redução das quantidades de minério tratado, como resultado de restrições operacionais e geotécnicas.

Somente no segundo trimestre, a mineradora produziu 84 mil onças de ouro no País, o que representa uma queda de 1,2%. No empreendimento goiano, foram produzidas 16 mil onças, decréscimo de 23,8%, decorrente, sobretudo, de um menor teor recuperado, parcialmente compensado por um aumento no montante de minério tratado.

É válido dizer que Minas Gerais deve se tornar, em breve, o único local de produção da AngloGold Ashanti no País, já que a empresa vendeu, por US$ 76 milhões, a operação Serra Grande à Aura Minerals. O acordo foi fechado no início de junho e está sujeito ao cumprimento de condições, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os trâmites estão previstos para serem concluídos neste trimestre.

Mina Cuiabá recebe sonda para operações subterrâneas

Recentemente, a Mina Cuiabá, em Sabará, recebeu uma sonda de circulação reversa (RC), que representa um marco inédito para a companhia. “Pela primeira vez, uma sonda RC será usada em operações subterrâneas na América do Sul, consolidando a AngloGold Ashanti como pioneira no uso dessa tecnologia na região”, destaca a mineradora. O equipamento aprimora a precisão das sondagens geológicas e tem capacidade de dobrar a produtividade, quando comparado aos modelos usados atualmente.

Cabe lembrar que a AngloGold vai investir R$ 820 milhões em Minas Gerais neste ano. Parte da cifra será endereçada, justamente, para novas tecnologias. Também serão aportados valores em descarbonização, melhoria contínua de performance, fechamento de barragens e estruturas geotécnicas e demais áreas importantes para o sucesso da empresa.

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