Produção da AngloGold recua 22,4% no Estado
A AngloGold Ashanti Brasil produziu 87 mil onças de ouro a partir dos seus ativos dentro do Estado no terceiro trimestre, volume 22,4% menor do que as 112 mil onças do metal produzidas nos mesmos meses de 2017. O volume de ouro que saiu das operações da empresa em Minas representou 45,3% da quantidade total em toda a América (192 mil onças).
De acordo com a companhia, a produção foi menor principalmente por causa dos menores teores e volumes extraídos nas minas de Cuiabá e Córrego do Sítio. Em Cuiabá, a produção foi impactada pelo menor teor do ouro extraído e por mudanças no plano da mina. Já em Córrego do Sítio, houve atrasos em licenciamentos ambientais.
O complexo minerometalúrgico da AngloGold Ashanti no Estado está localizado na região do Quadrilátero Ferrífero, nos municípios de Nova Lima, Sabará e Santa Bárbara. Dentro das atividades em território mineiro, além das minas Cuiabá, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Córrego do Sítio, em Santa Bárbara, na região Central, a companhia tem suas plantas metalúrgicas e escritórios administrativos instalados em Nova Lima (RMBH).
No complexo fabril de Nova Lima, a empresa tem ainda uma planta de ácido sulfúrico, resultado da oxidação do enxofre contido no minério de ouro. O subproduto é a matéria-prima mais importante na produção de fertilizantes. Além disso, a mineradora mantém um conjunto de sete pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que formam o Complexo Hidrelétrico de Rio de Peixe.
Conforme já informado, a AngloGold vai investir R$ 400 milhões em um projeto de empilhamento de rejeitos a seco nas suas operações no complexo Cuiabá-Lamego. O projeto deve ser concluído em 2022, mas parte dos rejeitos do ativo de Cuiabá já são dispostos usando este método.
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Em relação à produção de ouro da AngloGold em todo o Brasil no terceiro trimestre (121 mil onças), onde a mineradora também tem atividades em Serra Grande (GO), o volume do metal produzido no Estado durante o intervalo (87mil onças) representou 72% do total.
A AngloGold já divulgou que 100% da produção nacional da empresa é exportada na forma de ativos financeiros para bancos com atuação internacional, que, por sua vez, negociam o metal no mundo todo. Os principais mercados compradores de ouro hoje são a Europa, os Estados Unidos e o Canadá.
Em termos de consumo, o mercado joalheiro é o maior, consumindo de 60% a 65% do metal em todo o mundo. Além do uso em jóias, as indústrias de medicina, odontologia, aeronáutica e eletrônica também são importantes consumidores do metal.
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