Economia

Produção da Vale avança quase dois dígitos em 2022

Em Minas, resultado foi diferente do global da companhia, que teve queda de 1,6% na comparação com o ano anterior
Produção da Vale avança quase dois dígitos em 2022
A Vale atingiu produção de 136,238 milhões de toneladas de minério de ferro em MG | Crédito: Divulgação

Diferentemente do resultado global da companhia, que foi de queda, a produção de minério de ferro da Vale em Minas Gerais chegou a 136,238 milhões de toneladas em 2022, o que garantiu para a mineradora um crescimento de 9,81% frente ao ano anterior. Em 2021, o processamento em terras mineiras contabilizou 124,065 milhões de toneladas, alta de 18% frente a 2020.

Na análise do último trimestre do ano passado contra igual intervalo de 2021, o incremento foi de 12,94%. Foram 35,755 milhões de toneladas no período de outubro a dezembro de 2022, contra 31,658 milhões de igual intervalo do ano anterior.

Já na comparação do quarto trimestre do ano passado ante o terceiro trimestre do mesmo ano, o desempenho foi de queda de 10,72%. A produção de 35,755 milhões de toneladas dos últimos três meses de 2022 foi inferior à computada no intervalo de julho a setembro (40,049 milhões de toneladas).

A produção total de minério de ferro da empresa em 2022 apresentou recuo de 1,6% frente ao ano anterior, com quase 308 milhões de toneladas. Um dos motivos apontados pela empresa no seu relatório de produção e vendas para a queda no processamento foram os atrasos de licenciamento em Serra Norte. Já a produção de pelotas teve crescimento de 1,3% em igual período. O patamar anual ficou ligeiramente abaixo das projeções da companhia, tanto para o minério de ferro quanto para pelotas.

Ainda conforme a Vale, a retração foi parcialmente compensada por um avanço contínuo da produção em Vargem Grande e maior produção via processamento a seco em Brucutu, ambos os ativos no Estado.

Sistemas Sudeste e Sul 

No quarto trimestre de 2022, a produção dos sistemas Sudeste e Sul diminuiu na comparação com o acumulado dos três meses anteriores do mesmo ano, com queda de 6,7% e 14,6%, respectivamente.

O desempenho do Sistema Sudeste, que compreende as minas de Itabira, Minas Centrais e Mariana, foi impactado pelo nível de chuva sazonalmente maior em Minas Gerais, bem como pela manutenção planejada dos equipamentos da mina de Alegria. E os resultados do Sistema Sul, formado pelas minas de Paraopeba e Vargem Grande, foram impactados por menores compras de terceiros.

Já na análise do último trimestre do ano passado ante igual período de 2021, o desempenho entre os sistemas foi diferente. Com queda de 1,4% no Sistema Sudeste e crescimento de 33,5% no Sistema Sul.

No resultado anual, os dois sistemas apresentaram crescimento na produção, com alta de 4,1% para o Sudeste, com 72,644 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022. No Sistema Sul, o processamento chegou a 63,594 milhões de toneladas, o que garantiu uma expansão de 17,1% frente ao resultado de 2021.

Para este ano, a companhia prevê investimentos de US$ 6 bilhões em 2023, contra US$ 5,5 bilhões no ano passado. A média anual de aportes para o período entre 2024 e 2027 será de US$ 6 bilhões a US$ 6,5 bilhões.

Os compromissos com os desastres com barragens de mineração nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana vão somar US$ 2,8 bilhões neste ano, subindo a US$ 3,9 bilhões em 2023, para depois cair para US$ 2,9 bilhões em 2024 e US$ 1,8 bilhão em 2025 e 2026.

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