Economia

Produção das indústrias avança em Minas Gerais

Produção das indústrias avança em Minas Gerais
Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

A indústria mineira fechou novembro com produção maior e mais empregos. É o que revela a Sondagem Industrial de Minas Gerais, pesquisa mensal realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). 

O índice de evolução da produção em Minas cresceu 3,5 pontos entre outubro (46,9 pontos) e novembro (50,4 pontos). ‘’A indústria ainda está enfrentando gargalos, como a falta de matéria-prima, mas vem se recuperando. O período do final de ano é mais aquecido e a gente acredita que esse aumento tenha sido consequência disso’’, afirma a analista da gerência de Economia e Finanças Empresariais da Fiemg, Daniela Muniz. Em relação a novembro de 2020 (54,5 pontos), a pesquisa aponta que o índice da evolução da produção recuou 4,1 pontos.  

Um dos pontos de destaque na Sondagem Industrial é que pela primeira vez, após 18 meses, os estoques ficaram acima do planejado, fechando em 50,3 pontos. ’’Esse nível sugere que as empresas tiveram menos problemas com os insumos. Vamos ter que avaliar nas próximas pesquisas se essa tendência vai continuar. Nós temos percebido, nos últimos meses, que a compra de matéria-prima está sendo realizada com menos dificuldade, de forma muito devagar e gradual’’, explica Muniz.

A escassez de insumos pode ter sido uma das causas de o índice de utilização da capacidade instalada efetiva ter ficado menor que o esperado. Até houve crescimento entre outubro (42,5 pontos) e novembro (45,5 pontos), mas ao ficar abaixo de 50 pontos, o indicador mostrou – pela 12ª vez seguida – que as indústrias operaram com capacidade produtiva inferior à habitual para o mês. Mesmo assim, o índice ficou 4,1 pontos acima da média histórica (41,4 pontos). Frente a novembro de 2020 (53,3 pontos), houve redução de 7,8 pontos.

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Outro ponto positivo da pesquisa é o indicador de evolução do número de empregados, que chegou a 49,8 pontos em novembro, aumento de 1,4 ponto em relação a outubro (48,4 pontos), mostrando retração menos intensa do emprego. O índice permaneceu acima dos 50 pontos – fronteira entre queda e elevação – na maioria dos meses de 2021, com exceção de outubro e novembro.

Empresariado está otimista

A pesquisa Sondagem Industrial revelou ainda que os empresários estão otimistas e preveem aumentos na demanda, nas compras de matéria-prima e no número de empregados. O índice de expectativa da demanda avançou 0,5 ponto entre novembro (53,6 pontos) e dezembro (54,1 pontos). O indicador mostrou, pela 18ª vez consecutiva, que pode haver expansão, ao ficar acima de 50 pontos.

O indicador de expectativa de compras de matérias-primas foi de 52,4 pontos em dezembro, elevação de 0,4 ponto na comparação com novembro (52 pontos). O resultado sinalizou perspectiva de aumento das compras de matérias-primas pelo 18º mês seguido. E o indicador de expectativa do número de empregados marcou 53,2 pontos em dezembro, crescimento de 2,4 pontos frente a novembro (50,8 pontos). O índice mostrou, também pelo 18º mês seguido, perspectiva de expansão do emprego.

Já o indicador de intenção de investimento foi de 60,9 pontos em dezembro, queda de 0,2 ponto frente a novembro (61,1 pontos). Na comparação com dezembro de 2020 (62,7 pontos), o índice registrou decréscimo de 1,8 ponto, sendo o menor índice para o mês desde 2018. Daniela Muniz diz que ‘’a intenção de investimento ainda é elevada, mas há os gargalos internos e externos atrapalhando, como desaceleração da atividade global, alta de juros, pressão da inflação e desemprego elevado; tudo isso pode acabar provocando restrições no consumo’’, concluiu.

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