Produção de aço bruto nas siderúrgicas de Minas Gerais cai 10,4%

Em novembro, as siderúrgicas de Minas Gerais apresentaram uma redução de 10,4% na produção de aço bruto. O volume atingiu 745 mil toneladas, enquanto no mesmo mês do ano passado chegou a 832 mil toneladas. Os dados são do Instituto Aço Brasil.
Com o resultado negativo do Estado, a liderança no ranking nacional de produtores de aço bruto no 11º mês do ano ficou com o Rio de Janeiro, que produziu 817 mil toneladas, ou 29,4% do total nacional, de quase 2,8 milhões de toneladas. Por sua vez, a siderurgia mineira ocupou a segunda colocação, com 26,9% de participação de mercado.
No acumulado de janeiro a novembro, a produção de aço bruto nas usinas de Minas Gerais totalizou 9,4 milhões de toneladas. Nesse caso, houve crescimento de 9,9% na comparação com o mesmo intervalo do último ano, quando foram produzidas 8,5 milhões de toneladas.
A siderurgia mineira foi a maior produtora de aço bruto do País no período. O volume produzido no Estado respondeu por 30% do total nacional, de 31,2 milhões de toneladas. O Rio de Janeiro ficou logo abaixo, com 8,3 milhões de toneladas e 26,5% de market share.
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Semiacabados para venda e laminados
Conforme o Aço Brasil, em novembro, a produção de aço semiacabado para venda e laminados também caiu em Minas Gerais. As siderúrgicas produziram 721 mil toneladas no mês, um recuo de 11,5% em relação a igual período de 2023. O desempenho negativo fez o Estado ser apenas o segundo maior produtor nacional, com 26,1% de participação.
Na somatória de onze meses, o volume produzido chegou a 8,6 milhões de toneladas, uma leve baixa de 0,5%, ante o mesmo intervalo do exercício anterior. Neste caso, as usinas mineiras lideraram o ranking nacional, com 28,5% de market share.
Resultados da siderurgia brasileira e projeções
No País, de acordo com os dados da entidade, a produção de aço bruto em novembro cresceu 1,9% frente ao apurado no mesmo mês do ano passado. Os resultados de outros importantes indicadores ficaram assim: vendas internas subiram 10,2%, o consumo aparente foi 8,9% superior, as exportações caíram 47,5% e as importações aumentaram 8,7%.
No acumulado de 2024 até o 11º mês, o montante de aço bruto produzido pelas siderúrgicas do Brasil inteiro aumentou 5,6% no confronto com igual intervalo de 2023. Enquanto isso, as vendas no mercado interno cresceram 8,7%, o consumo aparente subiu 9,6%, os embarques tiveram queda de 18,5% e as importações apresentaram avanço de 24,4%.
Em coletiva nesta semana, o Aço Brasil projetou que o setor fechará o ano com altas de 5,5% na produção de aço bruto, 8,4% nas vendas internas e 9,6% no consumo aparente, mas terá um recuo de 15,2% nas exportações e um aumento de 24% nas importações.
Na ocasião, o presidente-executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, disse que os resultados positivos poderiam ser ainda melhores, não fosse a competição com a importação de aço da China. “É lamentável que poderia ter sido muito melhor, se 20% do nosso mercado de vendas não tivesse sido ocupado por essas importações predatórias”, afirmou.
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