Produção de ouro da Kinross em Paracatu tem alta de 28%

A produção da Kinross Brasil Mineração, subsidiária da canadense Kinross Gold Corporation, no seu complexo minerário de Paracatu, na região Noroeste do Estado, chegou a 375,4 mil onças de ouro entre janeiro e setembro deste ano. O volume representou um aumento de 28% frente às 293,9 mil onças do metal produzidas no ativo no mesmo período de 2017.
A mineradora explicou no seu relatório de divulgação de resultados que a produção em Paracatu foi mais alta neste ano porque o teor do minério processado tinha maior grau de ouro presente. Além disso, no ano passado, especialmente no terceiro trimestre, a produção foi impactada pelo grave período de estiagem.
A extração da Kinross no ativo de Minas Gerais respondeu por 32,5% de todo o metal produzido pela mineradora nas suas atividades nas Américas entre janeiro e setembro. Neste período, as vendas de ouro a partir da produção em Paracatu chegaram a 371 mil onças contra 293,4 mil onças nos mesmos meses de 2017, um crescimento de 26,4%.
O custo de produção por onça de ouro processada na mina de Paracatu foi reduzido neste ano. No acumulado até setembro, o custo foi de US$ 846 por onça, 0,9% menor do que nos mesmos meses do exercício passado, quando o custo por onça do metal produzido foi de US$ 853.
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Usinas – A mineradora explicou que um dos motivos para a redução dos custos foi a aquisição das duas usinas hidrelétricas durante o terceiro trimestre de 2018, além de variações cambiais favoráveis. A compra das usinas, que pertenciam ao grupo Gerdau, movimentou US$ 253,7 milhões e foi concluída ao final de julho.
As usinas, que juntas têm capacidade de 155 megawatts, ficam em Goiás e viabilizaram o fornecimento de aproximadamente 70% da energia necessária para a operação no complexo de Paracatu. Além disso, a empresa informou que a aquisição permitiria a economia de até US$ 80 por onça de ouro produzida no ativo.
As duas hidrelétricas são Barra dos Coqueiros (90 megawatts) e Caçu (65 megawatts), ambas localizadas no rio Claro, em Goiás, a cerca de 660 quilômetros do complexo de Paracatu. Ambas as plantas estão em operação desde 2010 e as concessões operacionais de ambas vencem em 2037, cinco anos após a vida da mina de Paracatu terminar.
A mineradora, que tem ações negociadas nas bolsas de valores de Toronto e Nova York, atua, no Brasil, nas atividades de pesquisa e desenvolvimento mineral, mineração, beneficiamento e comercialização de ouro. A companhia é a maior produtora de ouro do País, responsável por cerca de 25% do volume nacional. A sede administrativa da empresa está instalada na Capital e as operações de lavra se concentram na mina Morro do Ouro, em Paracatu.
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