Economia

Produção do parque siderúrgico de Minas recua 5,8% em janeiro

Produção do parque siderúrgico de Minas recua 5,8% em janeiro
A produção mineira de laminados e semiacabados em janeiro somou 782 mil toneladas, 28,2% do total no País | Crédito: Divulgação

Minas Gerais iniciou o ano na liderança da produção de aço no País. Das 2,9 milhões de toneladas de aço bruto produzidas no Brasil no primeiro mês de 2022, o Estado foi responsável por 28,3% ou 816 mil toneladas. A produção nacional foi 4,8% menor que a apurada no mesmo mês de 2021 (3 milhões de toneladas) e 10,5% maior que a de dezembro do ano passado (2,6 milhões de toneladas). O resultado estadual acompanhou o movimento de baixa e caiu 5,8% sobre o mesmo período do exercício anterior.

Os dados são do Instituto Aço Brasil e mostram que o Rio de Janeiro apareceu logo em seguida com 28% de share e produção de 807 mil toneladas. O Espírito Santo ficou em terceiro lugar com 22,3% e 644 mil toneladas e São Paulo na quarta posição, com 8,2% e 379 mil toneladas.

Em âmbito nacional, a produção de laminados foi de 2 milhões de toneladas, volume 8,9% inferior à registrada em janeiro de 2021. Já a produção de semiacabados para vendas foi de 796 mil toneladas, um aumento de 28,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Minas Gerais respondeu por 28,2% dos laminados e semiacabados, com 782 mil toneladas produzidas no mês. Na comparação com janeiro de 2021, o desempenho do Estado ficou praticamente estável, uma vez que naquela época foram produzidas 784 mil toneladas. O Rio de Janeiro manteve a segunda posição, com 25,8% de market share e produção de 715 mil toneladas. Em seguida veio o Espírito Santo (18,9%) produzindo 525 mil toneladas e São Paulo (10,5%) produzindo 291 mil toneladas.

Vendas recuaram

Em âmbito nacional, as vendas internas recuaram 28% frente ao apurado em janeiro de 2021 e atingiram 1,4 milhão de toneladas, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,7 milhão de toneladas, 24% inferior ao apurado no mesmo período de 2021. Mas na comparação com o último mês do ano que passou, foi registrado aumento.

As exportações de janeiro somaram 1,2 milhão de toneladas, ou US$ 975 milhões, o que resultou em aumento de 116,7% e 210,4%, respectivamente, na comparação com o ocorrido em janeiro de 2021. E as importações foram de 296 mil toneladas e US$ 407 milhões, uma queda de 8,9% em quantum e uma alta de 41,4% em valor na comparação com o registrado no primeiro mês do ano passado.

Desempenho 2021 e 2022

Do total de 36,039 milhões de toneladas produzidas no País no acumulado do ano passado, Minas respondeu por 29,9%, ou seja, 10,787 milhões de toneladas. Quanto aos semiacabados para vendas e laminados, que totalizaram 34,682 milhões de toneladas no mercado nacional, o Estado foi responsável por 28,2% do total, com 9,785 milhões de toneladas.

Já as expectativas do Aço Brasil para 2022 dão conta de um crescimento de 2,2%, chegando a 36,8 milhões de toneladas. As vendas, por sua vez, devem chegar neste ano a 22,7 milhões de toneladas (17%) e no próximo exercício a 23,3 milhões de toneladas (2,5%), enquanto o consumo aparente está estimado em 26,6 milhões de toneladas para este ano, com alta de 24,3% sobre 2020, e no ano que vem chegando a 27 milhões de toneladas (1,5%).

Em entrevista no fim do ano passado, o presidente-executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, disse que as projeções baseiam-se na “convicção que o PIB (Produto Interno Bruto) em 2022 ficará acima de 2% (de crescimento)”. O presidente do conselho diretor do Instituto, Marcos Faraco, completou que a expectativa é que 2022 seja um ano muito bom. Acreditamos que os patamares de demanda que estamos vendo agora se sustentam para 2022”, afirmou em entrevista coletiva.

Vale destacar que pelo menos R$ 45 bilhões estão previstos em investimentos no parque siderúrgico nacional até 2025. Minas Gerais abriga grande parte destes aportes. Apenas a ArcelorMittal anunciou que vai investir R$ 4,3 bilhões no Estado até 2024. E a Gerdau desenvolveu um plano de R$ 6 bilhões no Estado para os próximos cinco anos, visando a modernização, atualização tecnológica e ampliação de suas operações locais.

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