Produção de energia é estratégica para o desenvolvimento econômico e social do Brasil
O consumo de energia no mundo está crescendo de forma exponencial e o Brasil se encontra em um momento crucial para se posicionar como um player global nesse cenário. A produção de energia sustentável é indiscutível, mas também há o desafio de expandir a capacidade energética para atender à crescente demanda.
O assunto foi discutido durante a 2° edição do Projeto Eloos, que teve como tema Energia. Produzido pela Itatiaia, o projeto tem apoio do Diário do Comércio.
O empresário e presidente do Conselho de Administração da MRV e da Itatiaia, Rubens Menin, destacou a correlação direta entre a produção de energia e o desenvolvimento econômico e social no País. Segundo ele, o Brasil tem capacidade de ampliar a produção, principalmente de energia sustentável, e atender o crescimento exponencial da demanda.
“Os grandes desafios que o mundo tem de começar a ter uma produção de energia sustentável, isso a gente não tem como discutir, mas temos que aumentar a produção de energia. Se o Brasil quer ocupar esse espaço, e temos tudo para isso, nós precisamos nos preparar para ter uma produção de energia suficiente que caiba aqui dentro e atenda toda essa demanda que esperamos. A produção de energia é muito correlata ao desenvolvimento econômico e social”, explicou.
Ainda conforme Menin, a demanda energética é impulsionada por diversos fatores incluindo o avanço da Inteligência Artificial (IA) e o crescimento dos data centers, que exigirão uma disponibilidade energética significativa. Ele ressaltou ainda o potencial do Brasil, que possui uma matriz energética vasta e capacidade de atuar em todos os campos da produção de energia.
“Se a gente quiser ser um player, nós temoss que ter essa disponibilidade energética. O Brasil é um país de sorte porque nós temos aqui a condição de ter uma matriz energética enorme. Nós temos condições de estar em todos os campos. Assim como, por exemplo, o setor agrícola, que é fundamental para o Brasil hoje, o setor energético já puxa e vai puxar muito mais toda uma cadeia e com abrangência geral. Na nossa economia, é dispensável falar do desenvolvimento social, que isso aí é inerente”, afirmou.
O CEO da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Reynaldo Passanezi, explicou que a produção de energia sustentável e a transição energética são macrotendências mundiais, ou seja, os grandes direcionadores para onde o mundo vai. Neste cenário, o Brasil tem grande potência devido à diversidade de fontes energéticas limpas.
“Em transição energética, o mundo investe US$ 2 trilhões por ano. Para se ter uma dimensão do que é esse investimento, ele corresponde a um Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. E isso, para o País, é uma oportunidade única, porque a gente tem muitas vantagens para produzir energia renovável. Temos água, sol, vento e um sistema elétrico totalmente integrado. Então, o nosso grande desafio é seguir esse processo de deixar a matriz cada vez mais limpa”, explicou.
Diante do cenário, Passanez explicou que a Cemig se destaca com o maior programa de investimentos de sua história, totalizando quase R$ 60 bilhões em 10 anos. Desse montante, quase 80% é destinado à rede, abrangendo distribuição, transmissão e distribuição de gás canalizado. O objetivo é conectar a crescente oferta de energia renovável e atender à demanda de indústrias intensivas em energia que se espera atrair para o Brasil, especialmente para Minas Gerais.
“É um investimento muito grande em rede e em infraestrutura para conectar essa energia renovável que está chegando. E também para atender essa demanda que a gente espera de indústrias intensivas em energia que venham para o Brasil e sobretudo para Minas”, concluiu o CEO da Cemig.
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