Economia

Produção industrial do Brasil tem queda de 0,3% em fevereiro, mostra IBGE

Mesmo assim, resultado ainda é 5% maior em relação ao mesmo período do último ano
Produção industrial do Brasil tem queda de 0,3% em fevereiro, mostra IBGE
Indústrias de produtos químicos e produtos farmoquímicos e farmacêuticos influenciaram no resultado de fevereiro | Crédito: Freepik

A produção da indústria nacional registrou o segundo resultado negativo consecutivo. Em fevereiro, houve uma variação de -0,3% em relação a janeiro. O acumulado dos dois meses representa uma queda de 1,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Entretanto, na comparação com fevereiro de 2023, a indústria cresceu 5%. Assim, o acumulado para janeiro/fevereiro de 2024, frente ao mesmo período de 2023, foi de 4,3%, e o acumulado nos últimos 12 meses teve alta de 1,0%.

No período analisado, de janeiro para fevereiro, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e 10 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção. 

A pesquisa ainda avaliou que, entre as atividades, as influências negativas mais importantes para o resultado negativo de fevereiro foram assinaladas por:

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  • produtos químicos (-3,5%),
  • indústrias extrativas (-0,9%) e
  • produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6%). 

Já dentre as atividades que apontaram avanço na produção estão os veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%), e celulose, papel e produtos de papel (5,8%). 

Estes setores exerceram os principais impactos positivos em fevereiro deste ano, atingindo o terceiro mês seguido de crescimento na produção de ambas as atividades, com expansão de 14,2% e 7,8%, respectivamente. 

“Vale destacar também os avanços assinalados pelos ramos de produtos de minerais não metálicos (4,5%), de produtos de borracha e de material plástico (3,0%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,4%)”, complementa o gerente da pesquisa, André Macedo.

Em relação às grandes categorias econômicas, a de bens intermediários recuou 1,2% em fevereiro quando comparado com janeiro, a única taxa negativa registrada dentre as categorias. “Foi o segundo mês seguido de queda, acumulando perda de 3,9% nesse período”, lembra o pesquisador. 

Já entre os crescimentos, o destaque é o segmento de bens de consumo duráveis, que avançou 3,6% e apontou o crescimento mais acentuado nesse mês, após também avançar em janeiro de 2024 (1,5%) e dezembro de 2023 (6,6%). 

No setor de bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também foram registrados resultados positivos.

Bens de consumo duráveis impulsionam avanço de 5%

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a indústria nacional teve avanço de 5,0% em fevereiro de 2024, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas.

Destas grandes categorias econômicas, o segmento de bens de consumo duráveis cresceu 9,3% em fevereiro de 2024 na comparação com fevereiro de 2023, marcando a expansão mais acentuada entre as categorias. 

Completam a lista os setores de bens de capital (5,3%), bens intermediários (5,1%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,8%).

Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por produtos alimentícios (8,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,5%), indústrias extrativas (5,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (9,8%). 

Também apresentaram desempenhos positivos:

  • Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,1%)
  • Produtos de madeira (16%)
  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11%)
  • Outros equipamentos de transporte (9,6%)
  • Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%) 
  • Celulose, papel e produtos de papel (7,9%)
  • Bebidas (7,3%)
  • Produtos de borracha e de material plástico (5,8%) 
  • Produtos de minerais não metálicos (5,8%)

Entre as cinco atividades que tiveram recuo na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,5%) foi a categoria que teve maior influência, com o setor de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,3%) também registrando importante impacto.

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