Produção industrial em Minas registra queda

A produção industrial mineira continua oscilando mês a mês e em junho caiu 0,1% em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. A redução nacional foi de 0,4%. Com o resultado, Minas Gerais acumulou decréscimo de 2,5% no acumulado do primeiro semestre de 2022 – redução acima da média brasileira (-2,2%).
Dez locais, dentre os quinze pesquisados em todo o País, apuraram redução. Mato Grosso (-2,8%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Espírito Santo (-2,3%) assinalaram as maiores baixas, enquanto Pará (9,8%) apontou a expansão mais elevada neste mês.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e revelam ainda baixa de 3,8% no parque fabril do Estado em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Neste tipo de comparação, o Brasil registrou queda de -0,5%.
Minas apurou o segundo pior resultado na comparação mensal em relação aos demais estados pesquisados. O desempenho foi influenciado, especialmente, pela queda na produção da indústria de veículos, reboques e carroceria e da indústria de celulose, papel e produtos do papel.
No acumulado dos últimos 12 meses, Minas se manteve estável (0%), embora registre perda de dinamismo desde o segundo semestre de 2021. A indústria nacional, por sua vez, teve queda de -2,8%.
Desempenho dos setores na pesquisa industrial
Do recuo de 3,8% apresentado pela indústria mineira em geral no sexto mês deste exercício, a indústria extrativa respondeu por uma baixa de 0,5% e a de transformação de 4,5%. Das 13 atividades avaliadas em relação a junho de 2021, oito apresentaram queda.
Segundo a Pesquisa Industrial, os principais recuos foram observados na fabricação de celulose, papel e outros produtos de papel (51,3%), produtos têxteis (-30,6%), produtos de outros produtos químicos (-23%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,6%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (16,7%), entre outros.
As altas foram registradas apenas na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,3%), produtos do fumo (12,1%), metalurgia (1,2%), produtos alimentícios (0,7%) e bebidas (0,2%).
Com isso, na primeira metade do ano, período em que a produção industrial mineira apurou redução de 2,5% sobre o exercício anterior, os maiores impactos negativos vieram de: fabricação de produtos têxteis (-25,3%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-22,4%) e outros produtos químicos (-12,4%).
Entre os desempenhos positivos, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (7,5%), metalurgia (5%) e produtos do fumo (4,9%).
Por fim, nos 12 meses, período em que a indústria mineira como um todo ficou estável, a fabricação de outros produtos químicos apurou queda de 18,8% e a de máquinas e equipamentos avançou 13,3%.
Ouça a rádio de Minas