Economia

Produção no Minas-Rio tem queda de 13%

Produção no Minas-Rio tem queda de 13%
Anglo American planeja realizar investimentos entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões no Sistema Minas-Rio neste ano | Crédito: Divulgação

A produção da Anglo American no sistema Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro, no Médio Espinhaço, alcançou 5,6 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2021. O volume representa queda de 13% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram produzidas 6,4 milhões de toneladas. Segundo a mineradora, a retração ocorreu em função de uma parada de manutenção das operações e não afeta a meta do ano, mantida entre 24 e 26 milhões de toneladas.

Já nas unidades de níquel da Anglo American, a produção chegou a 10,1 mil toneladas no acumulado dos três primeiros meses deste exercício, redução de 7% na comparação com a mesma época de 2020, quando foi de 10,9 mil toneladas. Neste caso, a baixa se deveu à menor concentração do minério lavrado no período. A meta do ano, conforme a companhia, também está mantida entre 42 mil e 44 mil toneladas.

Em termos globais, o grupo apurou avanço de 3% na produção no primeiro trimestre frente à mesma época de 2020, mesmo com algumas operações rodando a 95% da capacidade devido a impactos da Covid-19, segundo a empresa.

No mundo, a produção de minério de ferro da companhia cresceu 1%, chegando a 16,2 milhões de toneladas nos três primeiros meses de 2021, enquanto a produção de metais do grupo da platina aumentou para 1,02 milhão de onças.

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No geral, a mineradora manteve as previsões de produção para este exercício. Mas cortou a projeção para carvão metalúrgico para entre 14milhões e 16 milhões de toneladas. A Anglo está em processo de cisão de seu negócio de carvão térmico na África do Sul para dar origem a uma nova empresa, à medida que busca uma transição em seus ativos que exploram o combustível fóssil mais poluente.

“O portfólio da Anglo American está cada vez mais inclinado para metais e minerais do futuro, com a cisão recentemente proposta de nossas operações de carvão térmico na África do Sul nos levando ainda mais nessa direção”, disse o presidente-executivo Mark Cutifani, em comentários no relatório de produção da empresa.

Investimentos no Minas-Rio

No caso das operações brasileiras, mais precisamente quanto ao sistema Minas-Rio, os planos permanecem promissores. Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, no mês passado, CEO da subsidiária brasileira, Wilfred Bruijn, disse que apesar das incertezas que ainda pairam sobre o cenário econômico mundial e nacional, devido à pandemia, estima-se um 2021 ainda de forte demanda pelo minério de ferro.

Por isso, a Anglo vai investir entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões no sistema neste exercício. Os investimentos integram o pacote de US$ 1 bilhão da fase 3 do projeto e visam à operação e manutenção do complexo, bem como melhorias em segurança e o aumento da produção.

Em termos de produção, Bruijn disse que a expectativa para este exercício é de aumento de 5% sobre o ano anterior, mesmo com tantos percalços. 

Em 2020, a mineradora produziu 24 milhões de toneladas de minério de ferro no sistema Minas-Rio, alta de 4% em relação ao produzido em 2019. Assim, em 2021, a produção deverá ser superior a 25 milhões de toneladas.

Já para 2022, a capacidade nominal da planta, de 26,5 milhões de toneladas, deverá ser atingida. “Os investimentos deste exercício contemplam o aumento da produtividade e contribuem para a expectativa de adicionarmos volumes à produção”, revelou à época.

O sistema Minas-Rio conta com uma mina e uma planta de beneficiamento no Estado e um mineroduto de 529 quilômetros de extensão que vai até o Porto de Açu, no Rio de Janeiro.

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