Produtos típicos de Minas vendidos no Mercado Central de Belo Horizonte estão mais caros
O preço médio de alguns produtos típicos mineiros comercializados no Mercado Central de Belo Horizonte apresentou alta nos últimos sete meses. De acordo com levantamento feito pelo site de pesquisa Mercado Mineiro e pelo aplicativo comOferta.com, esse reajuste é resultado dos impactos causados por fatores como o aumento de custos e as variações de safra e entressafra.
O levantamento, realizado entre os dias 16 e 20 deste mês, inclui queijos artesanais, doces típicos e frutas secas vendidas no tradicional ponto comercial da capital mineira. Entre os 26 diferentes produtos analisados, apenas três tiveram queda nesse período.
No caso dos doces comercializados no Mercado Central, o doce de leite com coco foi o que apresentou o maior avanço, com alta de 18,07% nos últimos sete meses, com o valor médio do quilo (kg) passando de R$ 27,95 para R$ 33. Em seguida, aparece o doce de figo, que saltou de R$ 26,42/kg para R$ 30,91/kg, uma alta de 17%. Outros destaques são:
- doce de leite talhado (kg): passou de R$ 29,75 para R$ 33,63, um crescimento de 13,04%;
- doce de cidra (kg): de R$ 21,18 para R$ 23,43, uma alta de 10,6%.
Entre os tipos de queijo analisados, o Canastra São Roque Extra registrou a maior variação, com aumento de 18,26% nos últimos sete meses, passando de R$ 44,45 para R$ 52,57 o quilo. Já o preço médio do Canastra São Roque subiu de R$ 37,90/kg para R$ 44,68/kg, uma alta de 17,88%.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Por outro lado, a unidade de Salaminho, que passou de R$ 12,00 para R$ 10,95, uma variação de -8,75%, e o quilo do Queijo Minas Serro, que foi de R$ 40,13 para R$ 39,90 (-0,57%) foram os únicos a registrar retração no comparativo. Além disso, o queijo Parmesão segue estável, sendo vendido a R$ 59,90/Kg. Outros destaques são:
- Queijo Canastra Araxá (kg): subiu de R$ 38,70 para R$ 42,42 – aumento de 9,6%;
- Queijo Canastra Serra do Salitre (kg): subiu de R$ 44,00 para R$ 46,00 – alta de 4,55%.
Já o valor de 100g de damasco seco apresentou uma variação positiva de 15,35%, passando de R$ 9,36 para R$ 10,80. Por outro lado, a ameixa seca sem caroço teve queda de 1,55% no período analisado, passando de R$ 6,45 para R$ 6,35. Os demais destaques são:
- castanha de caju (100g): passou de R$ 9,87 para R$ 11,19 – aumento de 13,39%;
- uva passa (100g): passou de R$ 3,42 para R$ 3,74 – aumento de 9,28%.
O coordenador do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, destaca que o aumento de preços observado no Mercado Central tem acompanhado uma tendência dos produtos alimentícios. Ele aconselha que os consumidores busquem negociar com os vendedores para obter algum desconto no momento da compra.
“Muitas vezes a gente acaba comprando um produto até um pouco mais caro em virtude do prazer da compra e do ambiente. Então, é necessário sim aquela pechincha, ‘chorar’ um pouquinho, porque eles fazem ali, obviamente, ofertas espontâneas e negociações individuais”, diz.
Variações de Preços entre os Estabelecimentos
O estudo feito pelo site Mercado Mineiro, em parceria com o aplicativo comOferta.com, também apresenta as maiores variações entre os preços praticados pelos estabelecimentos presentes no Mercado Central de Belo Horizonte.
Entre os 14 tipos de doces analisados na pesquisa, apenas três não tiveram diferença nos valores. Por outro lado, o doce de figo teve variação positiva de 5,19%, com preços entre R$ 25,90 e R$ 38,90 o quilo. Em seguida, aparece o anel de doce de mamão (48,33%), custando de R$ 26,90/kg a R$ 39,90/kg.
A pesquisa também identificou diferenças expressivas em três dos sete queijos analisados, além de alguns embutidos. Nesse caso, o grande destaque é a unidade do salaminho, que apresentou uma diferença de 21,21%, com preços de R$ 9,90 até R$ 12. Já o Queijo Canastra Araxá, oscila entre R$ 39,90 e R$ 45,90, uma variação de 15,04%. E o valor do Canastra São Roque varia 13,99%, custando entre R$ 42,90/kg e R$ 48,90/kg.
Quanto às frutas secas, o damasco seco (100g) foi o produto que apresentou a variação mais elevada, com uma diferença de 33,63%, podendo ser encontrado entre R$ 8,98 e R$ 12. Outro destaque desse grupo foi a castanha de caju (100g), com uma diferença de 20,12%, sendo vendida de R$ 9,99 a R$ 12.
Abreu destaca que essas diferenças mostram que no Mercado Central há uma concorrência interna entre os lojistas, o que é algo positivo para o consumidor. Ele reforça que, para estimular ainda mais essa concorrência, o consumidor deve pechinchar em diferentes lojas.
“A qualidade, as receitas e especificidades podem justificar a variação de preço. Nós estamos falando de produtos normalmente artesanais, que seguem um padrão, mas cada um tem sua receita. Por isso que o consumidor tem que avaliar o melhor custo-benefício de cada um desses produtos”, completa.
Ouça a rádio de Minas
