Programa de incentivo à cadeia atinge R$ 9 bi no primeiro ano de operação

Rio de Janeiro – O programa de fomento ao desenvolvimento da cadeia produtiva de óleo e gás da Petrobras chamado Mais Valor alcançou R$ 9 bilhões em operações realizadas, após um ano do seu lançamento, informou a companhia em comunicado à imprensa na quinta-feira (23).
Com a iniciativa, os fornecedores da companhia têm acesso facilitado, junto aos bancos parceiros, ao recebimento antecipado do valor de notas fiscais de bens e serviços entregues.
Segundo a companhia, durante um ano, mais de 55 mil faturas foram antecipadas, com mais de 1,7 mil fornecedores cadastrados e habilitados no programa.
Uma das vantagens do programa é que as instituições financeiras verificam a capacidade e o risco de crédito da Petrobras, não do fornecedor.
Conforme o programa, o fornecedor cadastrado na ferramenta recebe um e-mail sempre que tiver faturas disponíveis para antecipação. As transações ocorrem por meio de um leilão reverso, vencido pela instituição financeira que fizer o lance com a menor taxa de juros.
“O mecanismo resulta em taxas de desconto mais atrativas para os fornecedores”, disse a petroleira.
O valor mínimo das faturas a serem adiantadas é de R$ 1 mil e não há valor máximo. Empresas de qualquer porte podem aderir ao programa e não há qualquer limitação de nicho, apenas que sejam fornecedores diretos da Petrobras.
A dinâmica do Mais Valor é 100% digital, por meio da plataforma da Monkey, startup parceira do programa.
Venda
A Petrobras assinou na quinta-feira a venda da totalidade de sua participação dos campos terrestres do Polo Carmópolis para a Carmo Energy, em uma operação que soma US$ 1,1 bilhão, disse a petroleira em fato relevante.
Segundo a companhia, o valor do negócio está dividido em um sinal de US$ 275 milhões, outros US$ 550 milhões no fechamento da operação, e mais US$ 275 milhões após 12 meses da conclusão.
Esses valores não consideram ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, como a aprovação pelo órgão antitruste Cade e reguladora ANP, apontou a estatal.
O Polo Carmópolis compreende 11 concessões de produção terrestres, localizadas no Estado de Sergipe. Inclui ainda acesso à infraestrutura de processamento, escoamento, armazenamento e transporte de petróleo e gás natural.
Também fazem parte do ativo o Polo Atalaia –que contém o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo) – e o oleoduto Bonsucesso-Atalaia, que escoa a produção de óleo de Carmópolis até o Tecarmo.
Ainda no comunicado, a estatal destacou que a venda está alinhada à sua estratégia de gestão de portfólio e de melhoria de alocação de capital.
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