Coronavírus

Programa estadual dá aval para reabertura de atividades de baixo risco em quatro regiões

Programa estadual dá aval para reabertura de atividades de baixo risco em quatro regiões
Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo DC

Quatro macrorregiões da saúde do Estado (Centro, Noroeste, Nordeste e Leste do Sul) avançaram no programa Minas Consciente, passando da chamada onda verde para a onda branca.

O projeto do governo estadual, cuja proposta é o retorno gradual da economia em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), estabelece, entre outros critérios para a mudança de estágio, a taxa controlada de ocupação de leitos nos municípios. A decisão foi tomada na última quarta-feira (6), na reunião do Comitê Extraordinário Covid-19.

De acordo com o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, cerca de 20 a 50 cidades mineiras estão em processo ou já aderiram ao Minas Consciente – a decisão de aderir ou não cabe aos governos municipais. Porém, os números podem ser ainda maiores, já que, para acelerar, os prefeitos não precisam mais solicitar a adesão, apenas enviar uma declaração, e há prefeitos que ainda não o fizeram.

Agora, os locais que aderiram ao Minas Consciente e passaram para a onda branca vão retomar atividades consideradas de baixo risco. Entre elas estão estabelecimentos comerciais de antiguidades e objetos de arte, de artigos esportivos e jogos eletrônicos, de produtos agrícolas, plantas e floriculturas, de móveis, tecidos e afins, entre outros. A onda verde, a primeira delas e de onde partiram, considera a abertura apenas de serviços essenciais.

“Esperamos que, com esse avanço para a onda branca, possamos retomar atividades importantes para a economia, que também têm boa relação com as questões sanitárias”, afirma Fernando Passalio. “À medida que os negócios forem reabrindo, as cidades começarão a sentir a reposição de empregos, de recursos tributários”, diz ele.

No entanto, o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico destaca também que será preciso sentir, na prática, como será essa retomada. Ele lembra que mesmo com a reabertura, a retração do consumo será grande. Entre outros fatores que apontam para essa realidade está o aumento do desemprego.

Para Fernando Passalio, economicamente, as coisas não regressarão rapidamente. “Aos poucos, de forma gradual e responsável, vamos conseguir dar de novo a Minas aquele viés econômico que a gente, aos poucos, estava conseguindo melhorar”, salienta.

Retorno – Não é somente a retomada do consumo e a recuperação da economia que deverão ocorrer de forma mais lenta. O próprio processo de mudança de uma onda para outra também não está acontecendo de forma acelerada.

Para se ter uma ideia, dez das 14 macrorregiões da saúde não puderam evoluir no programa Minas Consciente por ora, por não estarem aptas ainda para isso.

“A proposta é e sempre será salvar vidas. São os fatores epidemiológicos que ditarão o retorno gradual e responsável da economia, para que a gente não precise voltar atrás na onda”, diz Fernando Passalio.

Mesmo assim, ele não descarta a possibilidade de ter de voltar atrás em algum momento, se os boletins epidemiológicos mostrarem essa necessidade. Assim como, também frisa que poderá haver, em breve, mais regiões mudando de estágio, embora não fale em prazos para isso.

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