Além do Triângulo, projeto de energia solar prevê mais investimentos em MG; total pode chegar a R$ 290 mi

O Projeto Triângulo, que prevê investimentos de R$ 140 milhões em geração de energia solar no Triângulo Mineiro, com previsão de criação de 340 empregos diretos, deve crescer e se expandir pelo Estado.

É o que revelou Neuber Ferrari, sócio-fundador e diretor de negócios da Solarmine, uma das empresas à frente da implantação dos 11 parques solares em municípios da região, ao lado da A2 Empreendimentos.

“Estamos estruturando projetos e buscando parceiros para poder viabilizar outros projetos de mais de R$ 150 milhões até o final de 2025”, diz Ferrari, em entrevista ao Diário do Comércio. Dessa forma, os aportes no Estado vão chegar ao patamar de R$ 290 milhões.

O executivo explica que a região do Triângulo para o atual projeto foi escolhida por razões técnicas, entre elas, o relevo propício para esse tipo de empreendimento e irradiação do sol favorável, permitindo maior retorno financeiro frente a outras regiões do País.

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O empreendimento tem como objetivo atender à demanda de consumo energético de cerca de 38 mil residências, cujo gasto médio é de 150 quilowatts por mês.

A projeção é de que os 11 parques solares deverão produzir 38,5 MW de potência (3,5 MW por parque), importante volume que vai favorecer a redução das emissões de carbono na atmosfera.

Segundo o cronograma do projeto, os parques nos municípios de Prata, Ituiutaba, Capinópolis e Paracatu serão entregues até dezembro deste ano. Em Uberaba, a entrega está prevista para julho do ano que vem e, em Conceição das Alagoas, para julho de 2026.

Parceria entre A2 Empreendimentos e Solarmine

Ferrari explica que a A2 Empreendimentos, em 2021, estruturou e desenvolveu os projetos do empreendimento, o que inclui entrar em contato com os proprietários das fazendas, além de realizar o procedimento de autorização de conexão das usinas na rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

“A partir daí, ela buscou parceiros para viabilizar os projetos financeiramente. Foi aí que Solarmine entrou, para buscar os investimentos necessários”, conta. Ele acrescenta que a Solarmine, fundada em 2017, com sede em Belo Horizonte, também atua na construção das usinas.

O executivo conta que, originalmente, a empresa era focada em projetos em telhados, tanto no segmento residencial como comercial. “Em 2021, direcionamos nossos esforços para usinas de geração maior, usinas de investimento, as fazendas solares”, explica.

A Solarmine desenvolve projetos de engenharia, dimensionamento e implantação de painéis solares, assim como projetos de construção, operação e manutenção de usinas fotovoltaicas,

A atração do Projeto Triângulo resultou do trabalho conjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG) e sua agência vinculada, a Invest Minas.

“O objetivo desse projeto é promover o desenvolvimento sustentável em Minas Gerais por meio da geração e comercialização de energia solar. O projeto vai gerar empregos e impulsionará o desenvolvimento econômico local, além de estabelecer parcerias para capacitação e inovação tecnológica no setor energético”, destacou o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.