Economia

Quase 90% dos mineiros já foram alvo de golpes, diz estudo da FCDL

Praticamente 47,9% dos afetados conseguiram identificar a fraude, enquanto 36,6% acabaram sendo lesados
Quase 90% dos mineiros já foram alvo de golpes, diz estudo da FCDL

Uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG) constatou que a maioria dos mineiros já enfrentou tentativas de golpes ou fraudes. Esta foi a resposta de 87,7% dos entrevistados.

Dentre os afetados, 47,9% conseguiram identificar a fraude, enquanto 36,6% acabaram sendo lesados. Além disso, 15,5% optaram por investigar a situação e, ao final, tomaram a decisão de interromper a tentativa.

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“Embora a maioria dos mineiros tenha percebido a tempo que se tratava de um golpe, ainda vemos uma boa parcela da população tendo prejuízos que variam de R$ 50 a R$ 14.000, segundo dados auferidos na própria pesquisa”, diz o analista de Inteligência de Mercado da FCDL-MG, Vinícius Carlos Silva.

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Saiba quais são os golpes e os meios mais comuns

Os golpes mais comuns enfrentados pelos consumidores mineiros são sobre:

  • instituições bancárias (36,6%);
  • lojas virtuais (32,4%);
  • empresas de telefonia (26,8%);
  • programas de fidelidade (4,2%).

Já os métodos mais utilizados pelos golpistas incluem:

  • contatos por telefone (38%);
  • mensagens via WhatsApp (35,2%);
  • e-mails (11,3%);
  • sites da internet (8,5%);
  • redes sociais (7%).

Quais os cuidados necessários para evitar um golpe?

Para evitar cair em armadilhas, Vinícius Silva lembra que é recomendável se informar e se proteger. “Não clicar em links de SMS e WhatsApp duvidosos, analisar com cautela perfis de redes sociais, realizar investimentos somente em instituições financeiras devidamente comprovadas, tomar cuidado com os boletos de pagamentos, ficar atento às pirâmides financeiras, averiguar ofertas de empregos que prometem irrealidades. Enfim, são várias precauções que ajudam a coibir a ação dos golpistas”, alerta.

a maioria dos entrevistados (56,3%) acredita que os golpistas se aproveitam, principalmente, de vazamento de dados pessoais. Após a tentativa de golpe, os entrevistados costumam:

  • bloquear números de telefone ou e-mails (43,5%);
  • fazer denúncias em aplicativos (28,3%);
  • não tomar nenhuma medida (15,2%);
  • registrar boletim de ocorrência (13%).

Com relação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a maioria dos mineiros (83,1%) afirma ter conhecimento da legislação. A assessora jurídica da FCDL-MG, Sara Sato, diz que cada vez mais a população no Estado está mais consciente.

“Mas, infelizmente, isso não impede o uso da engenharia social por fraudadores que usam técnicas cada vez mais sofisticadas, ganham a confiança dos titulares e estes, vulneráveis, repassam seus dados pessoais de boa-fé. Portanto, toda atenção é necessária”, pontua.

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