Economia

Reajuste em energia e medicamentos impulsiona inflação na RMBH em maio

Reajuste em energia e medicamentos impulsiona inflação na RMBH em maio
Crédito: Pixabay

Por mais um mês, a inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) avançou. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 0,79% frente a abril, elevando para 3,44% a inflação acumulada nos primeiros cinco meses de 2021 e para expressivos 8,68% nos últimos 12 meses. Em maio, a alta foi puxada pelo reajuste da tarifa de energia elétrica residencial e pelo aumento dos preços de medicamentos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA da RMBH representa o nono maior resultado mensal entre as 16 áreas pesquisadas. No País, a variação mensal foi de 0,83%.

Já a variação acumulada nos últimos 12 meses, 8,68% na RMBH, foi o oitavo maior resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa e ficou acima do índice nacional, que foi de 8,06%.

Ao longo de maio, quando foi registrada alta de 0,79% na inflação da RMBH, foi verificado aumento em todos os grupos que compõem o IPCA. O maior foi no grupo Habitação, que subiu 2,03%. No período, o resultado foi influenciado principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial, que avançou 5,16% e provocou um impacto de 0,23 ponto percentual no índice.

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“Em maio, houve um reajuste na tarifa da energia elétrica, pois passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1. Com a entrada no período de seca, é comum ter aumento da energia já que é necessária a energia das termelétricas, que têm a  energia mais cara”, explicou o coordenador da pesquisa IPCA do IBGE Minas, Venâncio Otávio Araújo da Mata.

Ainda no grupo de habitação, o aluguel residencial teve alta relevante de 1,06%.

Em maio, também foi registrado aumento de 1,54% no grupo de Artigos de Residência, resultado que veio do aumento do televisor (3,22%) e do item mobiliário (1,39%).

Já em Saúde e Cuidados Pessoais, que apresentou elevação de 1,10% em maio frente a abril, os destaques foram para os aumentos dos produtos para pele (6,41%), dos itens produtos farmacêuticos (1,91%) e serviços de saúde (0,77%).

“O aumento nos itens farmacêuticos foi permitido, em abril, pela Anvisa e segue impactando os valores. O reajuste autorizado foi de 10,08%”, explicou.

Nos demais setores que compõem o IPCA foram verificadas altas em Vestuário (0,72%), Transportes (0,55%), Despesas Pessoais (0,55%), Comunicação (0,32%), Alimentação e Bebidas (0,24%) e Educação (0,17%).

“Por mais um mês, os combustíveis contribuíram para o aumento da inflação. Em maio, a gasolina teve reajuste de 1,70% e o etanol de 10,80%. Já no grupo de Alimentação e Bebidas, destaque para a carne, que ficou 2,26% mais cara. Este aumento das carnes está atrelado à elevação dos custos de produção e às exportações”.

Ano 

Nos últimos 12 meses, o IPCA para a RMBH já acumula valorização de 8,68%. O valor é alto e supera o teto estipulado para a inflação brasileira no ano, previsto em 5,25%.

Dentre os grupos, as maiores altas foram observadas em Alimentação e Bebidas, com elevação de 13,18%, Habitação acumula alta de 6,84%, Artigos de Residência subiram 18,21%, Vestuário, 3,15%, Transportes, 16,53%, Saúde e cuidados pessoais, 4,79%, e Despesas pessoais, 1,62%. 

“Tivemos muitos reajustes ao longo dos últimos 12 meses. Os destaques de alta foram o óleo de soja, 86,63%, etanol, 64,01%, gasolina, 44,30%, carnes, 42,08%, e televisor, 27,68%”, disse da Mata. 

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