Economia

Reajuste das tarifas de ônibus em BH pode ter período mínimo de 30 dias de aviso prévio

Entidade também defende que sejam discutidas alternativas para não onerar mais a população e o setor produtivo 
Reajuste das tarifas de ônibus em BH pode ter período mínimo de 30 dias de aviso prévio
Foto: Diário do Comércio Arquivo Charles Silva Duarte

Diante do possível anúncio do aumento das tarifas do transporte público coletivo na Capital, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) enviou um ofício para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) solicitando um aviso prévio mínimo de 30 dias sobre qualquer reajuste das passagens de ônibus previsto para o próximo ano. 

A alegação do presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, é que um aumento da tarifa de ônibus neste momento pode gerar reflexos desfavoráveis, desestimulando o consumo no comércio, pressionando ainda mais os orçamentos das famílias e prejudicando a mobilidade urbana, especialmente para os trabalhadores que dependem do transporte público para suas atividades.

“Esperamos que a PBH responda, mas, mais que responder o nosso ofício, é que atenda a demanda e observe a dificuldade que é para as empresas e para os cidadãos absorverem mais esse aumento. Final do ano é época que todos ainda estão com dificuldades, pois tiveram as compras de Natal e os preparativos para as despesas do início do ano. O que pedimos é que a PBH se sensibilize”, justificou.

Segundo Souza e Silva, já existe um planejamento de elevação no preço do transporte público, mas a expectativa da CDL/BH é que a PBH anuncie, pelo menos 30 dias antes de entrar em vigor. “Existem legislações que só podem entrar em vigor depois de assinada a Lei três meses depois, existem outras que são apenas para o ano seguinte, então, avisar com antecedência é uma prática que pode ser, sim, observada pela PBH em conjunto com os proprietários dos ônibus do transporte coletivo e com as empresas”, afirmou.

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Para a CDL/BH, quando as alterações tarifárias são feitas de forma repentina, sem a devida comunicação prévia, também impactam no planejamento financeiro das empresas que arcam com os custos do vale-transporte de seus colaboradores. Diante disso, a entidade resolveu solicitar à PBH que, caso haja previsão de aumento, seja estabelecido período mínimo e o aviso prévio para qualquer reajuste. 

“A inesperada mudança de valor do carregamento dos cartões exige uma reorganização financeira imediata e não planejada, causando transtornos e dificuldades para as empresas de comércio e serviços”, explica Souza e Silva.

“Essa medida permitirá que tanto a população quanto as empresas possam se preparar de maneira adequada e evitar surpresas financeiras nos negócios. Ressaltamos que um ambiente previsível é essencial para o bom funcionamento das atividades comerciais e de serviços”, completou.

A PBH foi procurada pela reportagem do Diário do Comércio e não se posicionou até a publicação desta matéria.

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