Reajuste das tarifas de ônibus em BH pode ter período mínimo de 30 dias de aviso prévio

Diante do possível anúncio do aumento das tarifas do transporte público coletivo na Capital, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) enviou um ofício para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) solicitando um aviso prévio mínimo de 30 dias sobre qualquer reajuste das passagens de ônibus previsto para o próximo ano.
A alegação do presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, é que um aumento da tarifa de ônibus neste momento pode gerar reflexos desfavoráveis, desestimulando o consumo no comércio, pressionando ainda mais os orçamentos das famílias e prejudicando a mobilidade urbana, especialmente para os trabalhadores que dependem do transporte público para suas atividades.
“Esperamos que a PBH responda, mas, mais que responder o nosso ofício, é que atenda a demanda e observe a dificuldade que é para as empresas e para os cidadãos absorverem mais esse aumento. Final do ano é época que todos ainda estão com dificuldades, pois tiveram as compras de Natal e os preparativos para as despesas do início do ano. O que pedimos é que a PBH se sensibilize”, justificou.
Segundo Souza e Silva, já existe um planejamento de elevação no preço do transporte público, mas a expectativa da CDL/BH é que a PBH anuncie, pelo menos 30 dias antes de entrar em vigor. “Existem legislações que só podem entrar em vigor depois de assinada a Lei três meses depois, existem outras que são apenas para o ano seguinte, então, avisar com antecedência é uma prática que pode ser, sim, observada pela PBH em conjunto com os proprietários dos ônibus do transporte coletivo e com as empresas”, afirmou.
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Para a CDL/BH, quando as alterações tarifárias são feitas de forma repentina, sem a devida comunicação prévia, também impactam no planejamento financeiro das empresas que arcam com os custos do vale-transporte de seus colaboradores. Diante disso, a entidade resolveu solicitar à PBH que, caso haja previsão de aumento, seja estabelecido período mínimo e o aviso prévio para qualquer reajuste.
“A inesperada mudança de valor do carregamento dos cartões exige uma reorganização financeira imediata e não planejada, causando transtornos e dificuldades para as empresas de comércio e serviços”, explica Souza e Silva.
“Essa medida permitirá que tanto a população quanto as empresas possam se preparar de maneira adequada e evitar surpresas financeiras nos negócios. Ressaltamos que um ambiente previsível é essencial para o bom funcionamento das atividades comerciais e de serviços”, completou.
A PBH foi procurada pela reportagem do Diário do Comércio e não se posicionou até a publicação desta matéria.
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