Economia

Segmento de material de construção prevê alta de 3% nas vendas

Segmento de material de construção prevê alta de 3% nas vendas
Aliss034:CNR4 27/08/14 CREDITO:ALISSON J. SILVA

O mercado da construção começa a tomar novo fôlego. Os números têm mostrado bem essa realidade. O índice de atividade da construção chegou a marcar 52,3 pontos em setembro – nível mais elevado em praticamente sete anos, de acordo com levantamento divulgado neste mês pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Essa evolução tem sido percebida pelos lojistas, que já começam a apontar perspectivas mais otimistas em relação às vendas no setor. O diretor executivo da Santa Cruz Acabamentos, João Santana, por exemplo, afirma que 2020 deve apresentar evolução e que o próprio 2019 também já mostrou alguns sinais positivos.

“Nós tivemos uma grande queda em 2018 e este ano já demonstra alguma evolução, porém temos margens muito baixas”, destaca ele, que afirma que o crescimento para este ano relacionado aos produtos de acabamento deve girar em torno de 3%.

O ano que vem, no entanto, deve vir com uma força maior e com um incremento de 6% a 8%, de acordo com o diretor executivo. Um dos fatores que devem influenciar essa expansão, segundo João Santana, são as políticas econômicas.

Para esse novo cenário, o diretor executivo avalia que é importante contar com um bom estoque para atendimento imediato, preços adequados, entre outras ações.

O diretor da CNR Materiais de Construção, Anselmo Neto, também aponta algumas questões macroeconômicas como positivas para o setor. Ele cita como exemplo as reformas estruturais.

“Há cerca de três ou quatro meses já temos tido uma percepção de ‘parada da piora’. Temos uma expectativa de melhora, embora ela ainda não tenha ocorrido de maneira efetiva”, diz ele, que acredita em um crescimento entre 1,5% a 3% em relação ao ano passado.

Os tempos mais positivos, porém, não devem trazer somente incremento nas vendas, mas também um novo perfil de consumidor. Anselmo Neto ressalta que a queda do nível de emprego fez com que muitas pessoas, que estavam empregadas, também começassem a agir com mais cautela em relação ao consumo. “A sociedade está tendo mais bom senso”, diz.

Preparo – Além das reformas políticas, outro fator pode influenciar positivamente o segmento, de acordo com o gerente de vendas da Loja Elétrica, Aluízio Araújo: o novo programa habitacional que deverá entrar em vigor no Brasil, voltado para famílias de baixa renda.

“No caso do comércio, já estamos nos preparando para isso, colocando materiais apropriados nas lojas e adequando os volumes. Estamos, inclusive, estudando como poder atender esse mercado se vier mesmo o programa. Ele deverá dar um grande aquecimento na construção civil”, diz.

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