Economia

Receita líquida da Biomm cresce 34,8% no primeiro trimestre

Biofarmacêutica apurou R$ 34,3 milhões no período; produtos para oncologia e diabetes impulsionaram resultado
Receita líquida da Biomm cresce 34,8% no primeiro trimestre
A biofarmacêutica Biomm tem sede em Nova Lima, na região metropolitana da Capital | Crédito: Biomm/Divulgação

A biofarmacêutica Biomm apurou uma receita líquida de R$ 34,3 milhões no primeiro trimestre de 2023. A quantia equivale a um crescimento de 34,8%, frente ao montante do mesmo período do ano passado, de R$ 25,4 milhões. Da mesma forma, a empresa teve um incremento de 30,3% em relação ao valor do último trimestre de 2022, de R$ 25,3 milhões.

A companhia, com sede e fábrica em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), atribui o primeiro resultado ao aumento das vendas de biomedicamentos de oncologia e diabetes. O Herzuma, indicado para tratamento do câncer de mama, teve alta de 52%. E o Glargilin, insulina de longa duração, registrou elevação de 437%. Já o segundo resultado é explicado pelo crescimento da comercialização do Ghemaxan, anticoagulante.

O lucro bruto da Biomm, de R$ 6,9 milhões, também teve variações positivas. Na comparação com os primeiros três meses de 2022, quando o valor foi de R$ 3,4 milhões, houve um aumento de 106,7%. Já no confronto com o último trimestre, em que o montante apurado foi de R$ 2,8 milhões, a elevação foi ainda maior, de 149%. Conforme a empresa, os resultados se devem à alta das vendas e as melhores margens do Ghemaxan e Glargilin. 

“(…) No primeiro trimestre deste ano, o Herzuma atingiu 19,2% de market share, crescimento expressivo ao compararmos com primeiro trimestre de 2022, quando a participação de mercado era de 13%”, destacou o CEO da biofarmacêutica, Heraldo Marchezini.

Ainda no que se refere a market share, no segmento de diabetes, o Glargilin passou a representar 23,6% do mercado de insulina glargina no período, contra 5,1% na comparação anual. O salto, segundo o dirigente, está ligado, principalmente, à participação do biomedicamento no setor público de saúde.

Despesas operacionais e Ebtida

O balanço financeiro também mostrou que as despesas operacionais caíram no acumulado de janeiro a março deste ano. No intervalo, a companhia registrou um valor de R$ 22,3 milhões, queda de 9,9% se comparado à mesma época de 2022, cuja quantia foi de R$ 24,8 milhões. E uma retração de 7,8% em relação ao período de novembro a dezembro, de R$ 24,2 milhões. Conforme a Biomm, o decréscimo é fruto da otimização da gestão de despesas e caixa. 

Por outro lado, o Ebitda consolidado do período foi negativo em R$ 12,4 milhões. O resultado, porém, aponta um acréscimo de 32,5% contra o primeiro trimestre do ano passado, quando a quantia foi de -R$ 18,4 milhões e uma alta de 32,4%, ante o último trimestre, cujo valor foi de -R$ 18,3 milhões. A elevação percentual foi reflexo do aumento da receita líquida com melhora de margem em diabetes e anti-trombóticos e do recuo das despesas.

Investimentos da Biomm em 2023 e validação da fábrica

Somente em 2023, a Biomm investiu R$ 1,4 milhão na operação da companhia. E a ideia é continuar ampliando o portfólio de medicamentos biotecnológicos, visando a um crescimento sustentável, com a consolidação dos produtos que já são fornecidos ao mercado brasileiro e os que serão comercializados, em linha com o seu planejamento estratégico. 

A biofarmacêutica ressaltou ainda, que, além disso, segue no processo de validação e certificação da planta em Minas Gerais junto aos órgãos reguladores. O objetivo é incluir medicamentos de fabricação própria no portfólio e ampliar o acesso à saúde no Brasil.

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