Economia

Cinco redes mineiras de atacarejo entram na lista das maiores do país; veja ranking

O maior destaque do Estado foi o grupo liderado pela rede Mart Minas, em sétimo lugar
Cinco redes mineiras de atacarejo entram na lista das maiores do país; veja ranking
Dentre as 23 redes pesquisadas, cinco são de Minas Gerais | Crédito: Easy Resize / Mart Minas / Divulgação

A Associação Brasileira dos Atacarejos (Abaas) e a NielsenIQ divulgaram nesta semana a lista das maiores redes de atacarejo do Brasil. Dentre os dez primeiros do ranking nacional, está o grupo liderado pela rede mineira Mart Minas, ocupando a sétima posição, com faturamento de aproximadamente R$ 9,4 bilhões em 2023.

A lista completa é formada por 23 marcas que atuam neste segmento, que mescla os modelos atacado e varejo, sendo cinco de Minas Gerais. O topo do Ranking Abaas 2024 conta com a presença das redes de atacarejo Atacadão e Assaí, ambas com faturamento acima dos R$ 70 bilhões.

No caso do Mart Minas, os dados também incluem os resultados apresentados pela rede carioca Dom Atacadista, parceira da companhia mineira. Além do faturamento de R$ 9,4 bilhões, o grupo também registrou a soma de 81 lojas em operação e mais de 14 mil funcionários.

Outro destaque do Estado é a rede ABC Atacado e Varejo, que ocupa a 13ª posição na lista das maiores empresas do segmento de atacarejo brasileiro. Assim como no caso do Mart Minas, o estudo também levou em consideração os resultados das outras bandeiras pertencentes ao Grupo ABC. Dessa forma, a companhia registrou um faturamento de R$ 4,4 bilhões, com 72 operações e mais de 7,3 mil funcionários.

O terceiro maior grupo de Minas Gerais nesse segmento é o Grupo Supernosso, proprietário da marca Apoio Mineiro. A empresa registrou no último ano, de acordo com a pesquisa da NielsenIQ, um faturamento de R$ 4,1 bilhões. Com esse montante, a rede, com 57 lojas e mais de 6,8 mil colaboradores, ficou na 15ª posição na lista.

Logo em seguida, em 16º lugar no ranking nacional de atacarejo, aparece o Grupo Bahamas, com faturamento de R$ 4 bilhões. A empresa possui 77 operações espalhadas pelo Estado e conta com 7,7 mil funcionários atuando em suas diferentes marcas.

Outra rede mineira citada no levantamento da Abaas foi a Villefort. Ela ocupou a 20ª posição no ranking, com R$ 2,9 bilhões de faturamento em 2023. No total, a companhia conta com 30 unidades de atacarejo em Minas Gerais e 4,2 mil colaboradores.

Somando todas as redes analisadas no estudo, o atacarejo brasileiro fechou o último ano com valor total de R$ 300 bilhões de faturamento, mais de 2 mil lojas em funcionamento e mais de 369 mil pessoas empregadas.

O Mart Minas foi a melhor rede mineira no ranking | Crédito: Maryt Minas / Divulgação

Veja ranking das 10 maiores redes de atacarejo do Brasil

  1. Atacadão – R$ 79,1 bilhões
  2. Assaí – R$ 72,8 bilhões
  3. Mateus – R$ 30,2 bilhões
  4. Irmão Muffato – R$ 15,6 bilhões
  5. Grupo Pereira – R$ 13,1 bilhões
  6. Cencosud – R$ 11,1 bilhões
  7. Mart Minas & Dom Atacadista – R$ 9,4 bilhões
  8. Grupo Koch – R$ 7,9 bilhões
  9. Tenda Atacado – R$ 6,9 bilhões
  10. Costa Atacadão / Grupo JC – R$ 6,8 bilhões

Dados sobre o atacarejo no Brasil

O estudo realizado pela NielsenIQ também revelou que, apesar de apresentar um aumento na penetração nos lares brasileiros, o atacarejo começa a apresentar sinais de estabilização. O segmento fechou o último ano com presença em 72,3% dos domicílios e 41 milhões de compradores no Brasil. Ele também apresentou o maior crescimento no setor, representando 47,8% das vendas do varejo alimentar moderno em 2023.

A maioria (76,1%) dos consumidores costuma frequentar os atacarejos visando o abastecimento de produtos em suas casas. Embora seja um percentual menor, houve um aumento daqueles que vão aos atacarejos para fazer a reposição dos itens do lar: passaram de 18,2%, em 2022, para 20,2% da população em 2023.

Um dos principais fatores que colaboraram para essa maior procura no canal visando compras de abastecimento e de reposição foi o preço competitivo das redes de atacarejo. O que também beneficia a abertura de novas lojas.

No total, foram 162 novas operações desse modelo no País no último ano. Dentre as diferentes regiões, o destaque ficou para o Sudeste, com 83 novas unidades.

O estudo ainda apontou que a frequência média de compra das pessoas nesse tipo de loja é de 16 compras por ano em 2023, representando um aumento de 15% na comparação com o ano anterior. Já os gastos no atacarejo aumentaram 24% com compras repositoras, 22% nas de emergência e apenas 8% no abastecimento.

A classe C representa a maioria entre os consumidores (47%) e os lares compradores (49%) no segmento de atacarejo. Mesmo assim, as famílias de nível socioeconômico mais elevado (classes A e B) representam 47% dos gastos, contra 44% da classe C brasileira. Esse grupo tende a ir mais às compras, gastar mais e levar mais itens por compra.

O gasto médio dos mais ricos aumentou 6,8%, enquanto nas classes D e E subiu 3,9% e, na classe C, apenas 2,2%.

Já o tíquete médio só apresentou avanço entre as famílias mais pobres, com alta de 6,7%, contra uma queda de 15,1% na classe C e de 4,8% na parcela mais rica da população.

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