Economia

Ministro vê reforma tributária como caminho para melhora das relações trabalhistas

Declaração aconteceu em encontro na Fiemg, que apresentou, nesta terça-feira, propostas do setor para o governo federal
Ministro vê reforma tributária como caminho para melhora das relações trabalhistas
Flávio Roscoe e Luiz Marinho discutiram melhorias para a indústria | Crédito: Juliana Sodré

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, apresentou, nesta terça-feira, ao Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, sugestões e propostas da indústria mineira para a melhora das relações de trabalho no Brasil, em encontro que a reforma tributária também pautou a agenda.

As propostas foram elaboradas por conselhos e comissões da Fiemg que envolvem todos os representantes do setor industrial. “O objetivo principal é a melhora das relações trabalhistas, como também o aumento da produtividade do trabalhador brasileiro”, explicou Roscoe.

De acordo com Luiz Marinho, o País vive um momento importante e todos os setores têm que estar alinhados para fazer a diferença. Ele ressalta que, nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil registrou um saldo de 705 mil novos empregos e projeta um saldo de 2,2 a 2,5 milhões de empregos formais este ano.

“A busca do equilíbrio no mundo do trabalho é fundamental. Trabalhadores e empregadores precisam negociar. E quem tem expertise pode colaborar e muito nessa construção, daí a busca pela Fiemg”, disse Marinho.

Entre as pautas, o presidente da Fiemg ressaltou que elencou a questão das vagas em aberto que não são preenchidas, mesmo sabendo que há muitos desempregados. “Cabe ao setor industrial, juntamente com o governo federal, encontrar alternativas para despertar o interesse da nova geração de entrar no mercado industrial”, disse.

Outra questão discutida foi das pessoas que estão nos programas de auxílio do governo terem a possibilidade de trabalhar sem medo de perder o benefício, ou eventualmente, assumir empregos temporários. “Essa é uma discussão sensível que temos que encontrar um ponto de equilíbrio. Não podemos desamparar os que precisam dos auxílios, mas não podemos penalizar aqueles que assumem o emprego e possuem uma renda um pouco superior aos que estão no auxílio governamental ou na informalidade”, explicou.

Desoneração da folha de pagamento

De acordo com o ministro, todos os setores empresariais de bom senso vão trabalhar para que o trabalho seja o mais saudável e da melhor qualidade possível. Ele explica que a Fiemg reivindica um debate que todo setor empresarial pleiteia: a desoneração da folha de pagamento. Ele afirma que trata-se de um assunto complexo, mas de necessária discussão. “A reforma tributária é a grande oportunidade para trazer o equilíbrio. Gerar empregos novos e de melhor qualidade e desonerar a folha de pagamento”, apostou.

Sobre a reforma tributária, o presidente da Fiemg explicou que apresentou três sugestões principais. A primeira, a transferência dos encargos sobre a mão-de-obra para outra base de arrecadação, desonerando o emprego. “Se você deixa o emprego menos oneroso para aquele que emprega, você cria um maior potencial de geração de empregos e até abre espaço para um ganho salarial”, defendeu.

A segunda, é para que haja um teto de arrecadação para que ela não se expanda. “Toda vez que sobe a carga tributária, quem arca com isso é o conjunto da população”, explica.

E a terceira, que seja simplificadora e reduza os custos dos bens fabricados no Brasil.

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