População com rendimento de trabalho em Minas Gerais atinge maior patamar da série histórica

Impulsionado por uma recuperação gradual do mercado de trabalho, Minas Gerais registrou em 2024 a maior proporção de pessoas com rendimento laboral desde o início da série histórica pesquisada. No período, metade população residente no Estado, o equivalente a 10,9 milhões de pessoas, contou com algum rendimento proveniente do trabalho, o que representa um avanço frente aos 49,4% registrados em 2023 (10,7 milhões).
Os dados constam no módulo anual da Pnad Contínua sobre Rendimento de Todas as Fontes, divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do crescimento proporcionalmente inferior ao verificado no cenário nacional, Minas avançou duas posições no ranking de estados com maior percentual de pessoas com rendimento de trabalho, saltando da nona para a sétima colocação entre 2023 e 2024. No topo da lista, ficaram Santa Catarina (54,6%), Mato Grosso (53,0%) e São Paulo (51,9%), enquanto Maranhão (35,6%), Acre (35,6%) e Alagoas (37,6%) obtiveram os menores índices.
O analista responsável pela pesquisa, Gustavo Fontes, destaca que com esse desempenho o rendimento domiciliar per capita no País atingiu o valor máximo da série histórica: R$ 2.020, 4,7% maior do que no ano anterior, mantendo a tendência de crescimento iniciada em 2022. “Com esse desempenho, o rendimento ficou 11% acima do estimado em 2019, ano que antecedeu a pandemia”, aponta.
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Ao considerar a participação dos diferentes tipos de rendimento, o correspondente ao trabalho respondeu em média por 3/4 do montante domiciliar. “Isso reflete o dinamismo do mercado de trabalho no último ano, com a expansão do rendimento médio do trabalho, da população ocupada e consequentemente da massa desse valor”, pontua.
Quase um terço dos moradores em Minas possui outra rentabilidade diferente do trabalho
Em relação ao rendimento de outras fontes, 26,8% dos moradores de Minas Gerais possuíam, em 2024, alguma rentabilidade diferente do trabalho, enquanto em 2023 essa estimativa era de 26,1%. No País, a proporção de população residente com rendimento de outras fontes, em 2024, era de 26,4%.
Considerando os componentes dos rendimentos citados, a categoria aposentadoria e pensão (14,8%) foi a que apresentou a maior participação proporcional entre as categorias, refletindo parcialmente a proporção nacional, que somou 13,5%. Com relação ao Bolsa Família, em 2024, observou-se crescimento acentuado da participação relativa dos programas sociais do governo na composição do rendimento médio mensal dos moradores de Minas Gerais, de 2,8% para 3,5%.
Além disso, a proporção de pessoas com rendimentos provenientes de aposentadorias e pensões permaneceu estável em 2024 em relação ao ano anterior. Em Minas Gerais, 14,8% da população recebiam esse tipo de rendimento, que se manteve como a fonte mais comum entre aquelas que não têm origem no trabalho.
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