Representantes de diversos setores querem reverter fechamento

No dia em que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) publica o decreto com as novas limitações impostas às atividades de comércio e serviços na capital mineira, é grande a expectativa de representantes de diferentes setores quanto a um encontro com o prefeito Alexandre Kalil (PSD). Dirigentes de 24 entidades desejam discutir as novas regras de funcionamento dos estabelecimentos e propor alternativas para a cidade. Na próxima segunda-feira (11), apenas serviços essenciais poderão funcionar.
O anúncio do novo fechamento da Capital ocorreu na última quarta-feira (6), quando, por meio de um vídeo, Kalil comunicou a volta à estaca zero. Segundo ele, a decisão foi tomada após reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte e levou em consideração o sucessivo aumento dos casos e da ocupação recorde dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede hospitalar da Capital.
Além do comércio essencial, que inclui farmácias, supermercados, padarias, sacolões, açougues, postos de combustíveis, óticas, lojas de material de construção, agências bancárias, entre outros, também poderão funcionar somente as praças públicas e o zoológico.
De imediato, as principais entidades dos setores de comércio e serviços lamentaram e contestaram a decisão da Prefeitura e pediram diálogo. “Temos que lembrar que o comércio é o responsável por 72% do PIB (Produto Interno Bruto) da nossa Capital e gera mais de um milhão de empregos. O fechamento radical vai interromper o processo de recuperação das empresas. Não há necessidade. Temos que achar um caminho do meio. Dialogaremos com a prefeitura para encontrar uma alternativa que atenda a proteção à vida e ao empresariado. Afinal o dia tem 24 horas”, disse o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), José Anchieta da Silva.
Já na manhã seguinte (ontem) representantes de diversos setores econômicos enviaram um ofício ao prefeito solicitando uma reunião para discutir a situação. O objetivo é apresentar à Prefeitura alternativas para amenizar os impactos que um novo fechamento trará ao comércio da cidade.
Segundo eles, a intenção é que o comércio de Belo Horizonte não sofra mais prejuízos. “Todo mundo está disposto a dialogar e colaborar para que possamos preservar vidas e também a saúde da economia da cidade. Neste momento, é muito importante o diálogo com o poder público”, defendeu o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva.
Procurada, a PBH disse que todos os detalhes sobre o fechamento da cidade seriam divulgados após a publicação do decreto previsto para esta sexta-feira (8).
Além da CDL-BH, pleiteiam o diálogo as seguintes entidades:
• Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG)
• Associação de Comerciantes do Hipercentro
• Associação Comercial e Empresaria de Minas (ACMinas)
• Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão)
• Associação Comercial do Barro Preto (Ascobap)
• Associação Mineira de Empresas de Moda – Instituto AMEM
• Galeria do Ouvidor
• Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI)
• Sindicato dos Estabelecimentos de Natação, Ginástica, Recreação e Cultura Física
• Federação dos Clubes do Estado de Minas Gerais (Fecemg)
• Associação Mineira dos Supermercadistas (Amis)
• Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)
• Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG)
• Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios de Belo Horizonte (Sincopeças)
• Convention Bureau
• Sindicato dos Transportadores de Escolares da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sintesc)
• Sindicato dos Trabalhadores de Salão de Beleza e Similares de Belo Horizonte (Sindbeleza)
• Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (ASSOVEMG)
• Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores de MG (SiproCFC)
• Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce)
• Sindicato das Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de Minas Gerais (SINDLOC-MG)
• Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuário e Armarinhos de Belo Horizonte (Sincateva)
• Associação das Concessionárias de Veículos de BH
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