RHI Magnesita reduz projeção de investimentos, mas Contagem ainda não será afetada

Com planta em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a RHI Magnesita revisou para baixo a previsão de investimentos para este ano, após os resultados operacionais do primeiro semestre virem abaixo do esperado. A empresa reduziu em 10,3% a projeção de investimentos para 2025, de € 145 milhões para € 130 milhões.
Em nota, a empresa afirmou ao Diário do Comércio que não há previsão de impacto da redução dos aportes globais nos projetos de sua unidade na RMBH. A multinacional é líder mundial em soluções refratárias para processos de altas temperaturas.
A RHI declarou que a revisão dos planos de investimentos, anunciada no balanço semestral divulgado pela empresa, está dentro da estratégia global da companhia em otimizar seu capital e priorizar investimentos em mercados e segmentos com maior potencial de crescimento.
“As operações em Contagem seguem com sua rotina normal, com o constante desafio de eficiência e otimização das instalações, mantendo o foco em segurança, excelência operacional, segurança de fornecimento e atendimento aos clientes”, disse a empresa.
No balanço, a RHI Magnesita ressaltou que as condições externas de mercado continuam desafiadoras, devido a uma demanda mais fraca nos mercados finais, incertezas comerciais e cambiais, movimentos cíclicos do segmento industrial e o aumento da concorrência.
A companhia tem grande expectativa em um ritmo mais forte de entregas no segundo semestre, baseada na carteira de pedidos, no aumento de preços e nas medidas de redução de custos.
Por conta disso, a empresa revisou a previsão do seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado para o ano. A RHI Magnesita projeta um Ebitda ajustado para algo entre € 370 e € 390 milhões em 2025, diferente dos € 407 milhões projetados pela empresa no começo do ano para o exercício atual.
A gigante da indústria de refratários fechou o primeiro semestre deste ano com uma relação de endividamento líquido ao Ebtida ajustado pro forma de 3,1x, um crescimento de 0,7 ponto percentual na comparação ano a ano, quando essa relação foi de 2,4x.
O aumento foi motivado principalmente pela aquisição do Grupo Resco, concluída neste ano por US$ 340 milhões, o que deixou o endividamento, temporariamente, segundo a companhia, acima do patamar perseguido pela administração da empresa.
A RHI afirmou, no balanço, que a estratégia de crescimento por meio de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no fragmentado mercado global de refratários “é, de longe, a melhor forma de gerar valor para os acionistas em um ambiente de baixo crescimento”.
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