Com deságio de 13,2%, Rota da Liberdade vence leilão de rodovias do lote Ouro Preto – Mariana

O Consórcio Rota da Liberdade, composto por seis construtoras, venceu o leilão de concessão do lote Ouro Preto – Mariana, que abrange as rodovias BR-356, MG-262 e MG-329, que abrange 190,1 quilômetros (km) de extensão. Totalizando R$ 1,7 bilhão em contraprestação ofertada, o lance vitorioso alcançou 13,2% de desconto referente ao valor máximo previsto em edital.
O certame ocorreu na tarde desta quinta-feira (18), na sede da B3, em São Paulo. A disputa contou ainda com a presença da consultoria Houer Concessões, que ofereceu lance de R$ 1,9 bilhão – 0,02% de deságio.
O diretor-presidente da Construtora Metropolitana, líder do consórcio Rota da Liberdade, Alessandro Miranda, destacou que a conquista é o primeiro passo para o compromisso de transformar os trechos das rodovias em um caminho de desenvolvimento para o Estado.
“Será uma via que ligará pessoas, movimentará a economia regional e integrará nosso Estado ao restante do País de forma segura, moderna e eficiente”.
A empresa vencedora deverá investir R$ 5,5 bilhões nos trechos das rodovias, ao longo de 30 anos. Do total, R$ 3,6 bilhões são esperados em obras para ampliação de capacidade e R$ 1,9 bilhão em serviços operacionais.
A maior parte dos aportes está prevista para ocorrer entre o terceiro e o sexto ano de operação. Além disso, o governo de Minas Gerais destinará outros R$ 2 bilhões, oriundos do Acordo de Mariana, para obras de duplicação.

Presente no leilão, a presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Luisa Barreto, reforça a importância do momento, marcado como a primeira grande entrega do acordo de Mariana. “Isso significa desenvolvimento para a região, segurança para as pessoas que trafegam por ali e oportunidade de desenvolvimento turístico, beneficiando 11 municípios”.
Além de Ouro Preto e Mariana, a iniciativa deve beneficiar Nova Lima, Rio Acima, Itabirito, Acaiaca, Barra Longa, Ponte Nova, Urucânia, Piedade de Ponte Nova e Rio Casca. O trajeto se inicia em Nova Lima (Região Metropolitana de Belo Horizonte) e finaliza em Rio Casca, na Zona da Mata.
O advogado especialista em infraestrutura e regulação, Rodrigo Campos, avalia que, por se tratar de um trecho desafiador para a engenharia, o leilão foi bem-sucedido. A presença de empresas bem-sucedidas, segundo ele, reforça o portfólio federal e estadual de concessões rodoviárias e incentiva a participação de novos players, que identificam oportunidades específicas em cada projeto.
Para Campos, o desconto ofertado pelo grupo vencedor, da ordem de 13,2%, segue o ritmo de vencedores de outros leilões. “Isso confere exequibilidade ao projeto, além de propiciar importante economia de recursos aos cofres públicos de Minas gerais”, pontua.
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