Saldo de empregos é positivo em Minas

Minas Gerais fechou novembro com um saldo positivo de 24.035 empregos. O resultado ficou acima do desempenho de outubro (20.411), mas, na comparação com novembro de 2020, foi 15,79% menor, uma vez que naquele período o saldo atingiu 28.544 empregos.
A geração de postos em novembro deste ano é resultado de 183.883 admissões e de 159.848 demissões, de acordo com dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O setor de Serviços foi o que mais contratou (75.851), seguido por Comércio (49.529), Indústria (27.602), Construção (22.992) e Agropecuária (7.909).
Para o economista-chefe da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Guilherme Almeida, o saldo no número de empregos está diretamente ligado às questões sazonais.
“Todo fim de ano nós temos as contratações temporárias e isso caracteriza esse saldo, observado principalmente pelos setores de Serviços e Comércio. Além disso, existe um processo de flexibilização da atividade econômica, que vai permitindo contratação de serviços por parte dos consumidores e das empresas, o que acaba movimentando o setor”, explicou.
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Ele acredita que o fôlego menor em relação ao ano passado pode ser um reflexo das conjunturas econômicas. “A política do Banco Central de elevar a taxa de juros vem fazendo com que o crédito fique cada vez mais caro e isso acaba estancando o consumo familiar e o investimento produtivo. Além disso, a gente tem o processo inflacionário, que deteriora o poder de compras das famílias e com isso o comércio começa a perder ritmo”, destacou.
No acumulado dos 11 primeiros meses de 2021, o saldo de empregos em Minas Gerais ficou positivo em 327.870 postos de trabalho, resultado de 2,039 milhões de admissões e 1,711 milhão de demissões. O superávit registrado entre janeiro e novembro é 3.003% superior ao apurado no mesmo intervalo do ano passado, quando somou 10.566 empregos.
De janeiro a novembro, o setor que mais contratou foi o de Serviços (804.698), seguido por Comércio (483.339), Indústria (362.264), Construção (296.279) e Agropecuária (93.172).
O economista-chefe da Fecomércio-MG afirma que o balanço do Caged em 2021 tende a fechar ainda melhor com os números de dezembro. “Em linhas gerais, os dados positivos do Caged são relevantes para essa retomada econômica; o grande desafio hoje é atrelado aos indicadores de emprego e renda e vamos acompanhando aí o saldo de dezembro, que também deve vir no campo positivo, principalmente com contratações, mais uma vez, nos setores de Serviços e Comércio”, afirmou.

País recupera fôlego na geração de postos
Brasília – O Brasil abriu 324.112 vagas formais de trabalho em novembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quinta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, em uma recuperação de fôlego em relação a setembro e outubro, quando a criação de vagas dava sinais de enfraquecimento, mas com saldo inferior aos 376.265 observados em novembro de 2020 na série ajustada.
No acumulado do ano, foram gerados, em termos líquidos, 2.992.898 postos, sobre abertura de apenas 121.931 postos em igual período de 2020.
O dado acumulado do ano é o melhor da série iniciada em 2010, resultado de 19.136.617 contratações e 16.143.719 desligamentos. Houve mudança de metodologia em 2020.
Tradicionalmente, por conta dos preparativos para as comemorações de fim de ano, os últimos meses do ano são marcados por uma aceleração na criação de vagas. Em 2021, os dados do Caged têm mostrado dinâmica diferente, com contratações em alta ao longo de todo o ano após retomada da atividade com o arrefecimento da pandemia.
Depois de registrar um saldo de 375.284 postos de trabalho em agosto, mês marcado por contratações da indústria em preparação para o fim do ano, o dado caiu para 318.051 em setembro e 241.766 em outubro. O mês de novembro, portanto, reverteu a tendência de queda.
Com o resultado, o estoque de empregos formais no Brasil chegou a 41.551.993 em novembro, contra 38.716.730 no mesmo mês de 2020.
O dado do mês foi puxado, principalmente, por uma retomada das contratações nos setores de Serviços, com saldo de 180.960, e Comércio, de 139.287. Houve ainda criação de 12.485 vagas na área da Construção e de 8.177 na Indústria.
O único setor com fechamento de postos em novembro foi a Agropecuária, com saldo negativo de 16.797.
No recorte por área geográfica, houve criação de vagas em todas as regiões. O saldo foi de 178.422 no Sudeste, 58.181 no Nordeste, 54.048 no Sul, 17.089 no Centro-Oeste e 15.952 no Norte.
“Os números mostram não apenas a retomada imediata após o período da pandemia, mas já demonstram bastante constância na geração de emprego formal”, disse o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo.
“Os dados demonstram uma normalização do mercado formal de trabalho no País”, completou.
Apesar do saldo positivo, o salário médio de admissão dos trabalhadores segue em trajetória de queda desde abril deste ano. Após um valor médio de R$ 1.810,54 em outubro, o patamar ficou em R$ 1.778,84 em novembro. (Reuters)
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