Samarco investe em inovação para solucionar desafios ambientais e gerar valor
A inovação faz parte da identidade da Samarco e tem sido um dos norteadores da sua atuação desde a fundação. A empresa investe tanto em pesquisas e parcerias com o ecossistema quanto no desenvolvimento e estímulo de suas equipes para endereçar demandas atuais e futuras do negócio e da sociedade, a exemplo de iniciativas voltadas à segurança, ao aproveitamento de rejeitos e ao compromisso com a economia circular e a descarbonização.
Com 48 anos de história, a mineradora acumula pioneirismos que transformaram o setor. Foi a primeira no País a produzir pelotas com alto teor de ferro a partir de minério de baixo teor em escala industrial e precursora na operação com transporte via mineroduto uma solução logística inovadora e de menor impacto. Com o passar do tempo, essa história passou a formar também a base de uma nova fase de crescimento da Samarco, pautada pela eficiência, pela segurança e pela responsabilidade ambiental.
Hoje, esse movimento se traduz em uma estratégia estruturada, que abrange três linhas complementares: inovação incremental, transformacional e disruptiva, aplicada em toda a cadeia produtiva, consolidando um modelo de mineraçãodiferente, mais seguro e voltado à geração de valor compartilhado.
“Inovação não é apenas uma diretriz estratégica. É parte da nossa identidade, um traço profundamente enraizado na Samarco”, define o gerente-geral de Estratégia, Planejamento, Inovação e TI da companhia, Thiago Marchezi.
“A inovação está presente em nossas operações e nas áreas administrativas, e torna-se visível e tangível pela forma como gerenciamos e direcionamos os desafios de nossos processos produtivos, como trabalhamos com nossos rejeitos e na adoção de inteligência artificial e automação ao longo de toda cadeia. Faz parte da estratégia da Samarco para assegurar operações mais eficientes e sustentáveis, reduzir impactos ambientais e ampliar a segurança para nossos públicos, um valor inegociável para a empresa”, completa.
Isso porque a Samarco acredita que a inovação impulsiona a evolução da empresa não somente em relação a novas tecnologias, mas também em processos, produtos e modelos de gestão e de negócio. Assim, é praticada por meio da colaboração entre pessoas, equipes e agentes externos, como forma de acelerar e potencializar resultados. Tanto que se torna mensurável.
Rejeitos viram soluções sustentáveis – Um dos exemplos mais expressivos é o reaproveitamento de rejeitos, que já resultou na aplicação de 18 milhões de toneladas de material arenoso nas obras de descaracterização da Barragem e da Cava do Germano, até agosto de 2025. O processo torna o descomissionamento das estruturas mais sustentável e aumenta a vida útil das áreas de disposição.
Outra iniciativa é a Estrada da Purificação, construída entre Ouro Preto e Mariana (MG) com blocos contendo 33% de rejeito da Samarco. O projeto, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e a Unidade Embrapii em Mineração Sustentável, alia inovação aberta e benefício direto às comunidades do entorno.
“O reaproveitamento de rejeitos é uma das frentes mais relevantes, com resultados concretos que refletem nosso compromisso com uma mineração diferente, mais segura e sustentável. Temos, junto com parceiros do ecossistema de inovação, desenvolvido soluções inovadoras para destinação segura e aproveitamento dos rejeitos gerados em nosso processo produtivo. O empilhamento a seco é um desses projetos inovadores e relevantes. Ele busca dispor os rejeitos de forma segura e desenvolver tecnologias para filtragem e disposição dos rejeitos em pilhas”, destaca.
Marchezi explica que apesar de a filtragem de rejeitos não ser uma tecnologia nova, sua aplicação para ultrafinos, típicos do beneficiamento de minérios de baixo teor e em grandes escalas, como no caso da Samarco, possui desafios técnicos e de negócio, tendo sempre a segurança como fator inegociável.
Outro avanço é o uso de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro, substituindo parcialmente o calcário. A prática, iniciada em 2023, faz da Samarco a primeira empresa do Brasil a adotar essa tecnologia. Desde então, 387 mil toneladas de resíduos deixaram de ser descartadas na natureza e passaram a ser utilizadas como
coproduto industrial, representando 69% dos fundentes empregados na pelotização.
“Os ganhos são múltiplos. Em termos de sustentabilidade, contribuímos diretamente para a economia
circular ao reaproveitar um resíduo que, de outra forma, seria descartado no meio ambiente. Isso reduz significativamente o impacto ambiental da produção de rochas ornamentais nas comunidades vizinhas. Além disso, há benefícios operacionais importantes: redução na emissão de dióxido de carbono, menor consumo de combustível e melhorias na qualidade das pelotas produzidas”.
Ou seja, a iniciativa também fortalece a conexão entre inovação e sustentabilidade, pilares que orientam a estratégia da Samarco. Para se ter uma ideia, em 2024, a empresa destinou R$ 28 milhões a projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) voltados à eficiência operacional, redução de impactos e aproveitamento de rejeitos e estéreis.
Por isso, para o executivo, este é um exemplo concreto de como a integração entre setores pode gerar valor compartilhado. “Além de reduzir emissões de dióxido de carbono e o consumo de combustível, o processo melhora a qualidade das pelotas e estimula a economia circular”,
reforça.

Parcerias que aceleram a transformação
A inovação aberta é outro eixo da estratégia da inovação da Samarco. A companhia mantém parcerias com hubs de inovação, universidades, startups e instituições de ciência e tecnologia, que atuam como aceleradores de soluções com impacto real para o setor e para a sociedade. Entre os principais parceiros estão o Mining Hub – do qual a mineradora é fundadora -, o Findeslab e o Base27, ambos no Espírito Santo, e a Rede Embrapii. Esses ecossistemas funcionam como plataformas de cocriação, nas quais desafios reais da mineração são transformados em oportunidades de inovação.
O Portal Parceiros de Inovação, lançado recentemente, centraliza o recebimento de propostas de fornecedores e instituições interessados em apresentar soluções inovadoras. Em apenas três meses, o portal recebeu mais de 60 interações. Conforme o gerente-geral de Estratégia, Planejamento, Inovação e TI da companhia, Thiago Marchezi, o canal permite uma gestão mais ágil, transparente e estruturada das iniciativas, fortalecendo o relacionamento com potenciais parceiros e ampliando nossa capacidade de resposta aos desafios do setor.
“Mais do que buscar soluções tecnológicas, queremos criar conexões de valor. A inovação aberta é uma forma de transformar desafios complexos em oportunidades de impacto”, diz Marchezi.
Um dos exemplos é o projeto de saneamento descentralizado em Camargos (Mariana), desenvolvido com a startup Lia Marinha por meio do Mining Hub. A iniciativa demonstra como a inovação pode gerar benefícios diretos às comunidades, aliando sustentabilidade, inclusão e eficiência.
Economia de baixo carbono e transição energética – Entre o presente e o futuro, a Samarco está comprometida com a construção de uma mineração cada vez mais segura, eficiente e alinhada à transição energética global. Por isso, a descarbonização também está no centro das ações. A empresa é uma das patrocinadoras do projeto Zero-Carbon Mining, iniciativa do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) em parceria com o Governo Britânico no Brasil e com o Mining Hub, voltada à identificação de rotas tecnológicas de descarbonização do setor.
A meta da companhia é zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Para isso, investe na substituição gradual da matriz energética de suas operações. Uma das frentes implementou o uso de bio-óleo nas usinas de pelotização 3 e 4 do Complexo de Ubu (ES). O projeto evitou a emissão de 950 toneladas de CO₂ em 2024, com potencial de chegar a 18 mil toneladas anuais.
Além disso, a Samarco avança em iniciativas de inteligência artificial, automação e sensores inteligentes para aumentar a segurança operacional e reduzir riscos ambientais. “Nosso compromisso é evoluir para uma mineração regenerativa, que não apenas extrai valor, mas o devolve à sociedade e ao planeta”, afirma Marchezi.
Por fim, o executivo reforça que por trás de cada projeto está uma cultura organizacional voltada à aprendizagem, à colaboração e ao protagonismo. “Pesquisa, desenvolvimento e
inovação são feitos com pessoas. É isso que mantém viva a nossa cultura e o propósito de fazer uma mineração diferente”, conclui.
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