Economia

Samarco vai ter aportes de R$ 1,3 bi

Dentre os projetos, a empresa planeja a construção de uma nova planta de filtragem de rejeito arenoso e aperfeiçoamentos no concentrador
Samarco vai ter aportes de R$ 1,3 bi
Acionistas vão financiar reparação do desastre ambiental em Mariana | Crédito: REUTERS/Ricardo Moraes

Rio de Janeiro – A Samarco investirá R$ 1,3 bilhão para dobrar sua capacidade atual de produção de pelotas de minério de ferro até o primeiro trimestre de 2025, para 18 milhões de toneladas por ano, permitindo que a empresa volte a figurar entre as três principais produtoras do mercado transoceânico, afirmou à Reuters ontem o presidente, Rodrigo Vilela.

Dentre os projetos, a empresa planeja a construção de uma nova planta de filtragem de rejeito arenoso e aperfeiçoamentos no concentrador. Do montante total, aproximadamente R$ 248 milhões serão investidos já neste ano e o restante será aportado principalmente ao longo de 2024.

“Com esse investimento, colocamos a Samarco de volta a um patamar de grande produtor global”, afirmou Vilela, pontuando que esse passo confirma a continuidade da estratégia da empresa, que planejou uma retomada de produção gradual e focada na segurança nos últimos anos.

A empresa projeta atingir 60% da capacidade produtiva a partir de 2025, atingindo 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Atualmente, opera com 30% do total, o que deve subir para 100% em 2028.

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No mês passado, a mineradora já havia anunciado investimentos totais de R$ 1,6 bilhões em 2023 versus R$ 1,3 bilhão no ano passado, em iniciativas que vão além do aumento da produção.

O avanço vem após a mineradora – uma joint venture da Vale com o grupo BHP – voltar a operar em dezembro de 2020, depois de cinco anos de paralisação após o colapso de uma de suas barragens de rejeitos, em novembro de 2015.

Após retomar a produção, a empresa abocanhou de volta participação do mercado transoceânico de cerca de 9%, o que tem a expectativa de dobrar até 2025, com o aumento de produção, segundo Vilela. O executivo destacou que a Samarco tem diferenciais competitivos, incluindo pelotas com baixa emissão de CO2 na comparação com concorrentes.

A planta de filtragem de rejeitos e as melhorias no concentrador representam aproximadamente R$ 560 milhões a serem aportados até 2025, além de R$ 753 milhões para a manutenção e integridade dos ativos.

Para atingir os 60% da sua capacidade produtiva, a empresa utilizará dois concentradores e duas plantas de filtragem de rejeitos no Complexo de Germano (MG), um mineroduto e duas plantas de pelotização no Complexo de Ubu (ES). Todas as estruturas já estão licenciadas desde 2019. (Reuters)

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