Economia

Segunda pista no terminal de Confins pode ficar no papel

Segunda pista no terminal de Confins pode ficar no papel
Segunda pista no terminal de Confins pode ficar no papel | Crédito: Divulgação/BH Airport

A construção de uma segunda pista no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte poderá não sair do papel. A BH Airport, concessionária do terminal em Confins, negocia com o governo federal uma alternativa ao projeto previsto no contrato de concessão. A ideia é usar os recursos para outros investimentos, que pode ser até mesmo um ramal ferroviário para atender o projeto de hub logístico multimodal do aeroporto.

Segundo o CEO da BH Airport, Kleber Meira, durante coletiva de imprensa realizada ontem, a construção de uma segunda pista no aeroporto demandará aproximadamente R$ 850 milhões em investimentos. Porém, o empreendimento, que está previsto no contrato de concessão, poderia se tornar um elefante branco, uma vez que ainda não há demanda para uma outra pista.

Além disso, o avanço tecnológico poderá permitir um melhor aproveitamento da pista atual, que recentemente passou por uma ampliação de 600 metros, atingindo uma extensão de 3.600 metros.

Uma das alternativas que futuramente podem ser negociadas com a União é um ramal ferroviário até o aeroporto. O empreendimento viria a calhar com o projeto de tornar o terminal em um importante hub logístico multimodal do País. “O conceito de hub logístico é fazer desta região uma plataforma logística e não um mero terminal de carga de aeroporto”, disse.

O terminal é o primeiro do País a contar com um aeroporto industrial, inaugurado há aproximadamente um ano. A expectativa é de que o empreendimento atraia aportes bilionários.  Meira destacou, sem revelar detalhes, que no próximo ano quatro novas empresas devem se instalar na área.

Retomada

Com o avanço na vacinação e a redução dos índices de Covid-19, o aeroporto vem registrando uma retomada nas operações. Segundo Meira, em abril, em função da segunda onda, foi registrada uma queda de 95% nas operações. Porém, gradualmente as movimentações estão melhorando. “Em dezembro vamos atingir 90% da movimentação de passageiros de 2019”, disse.

A previsão é fechar o ano com fluxo de cerca de 7 milhões de passageiros, alta de 50% na comparação com o ano passado. A movimentação de cargas também seguiu em expansão e será de cerca de 30 milhões de toneladas, alta de 90% em relação ao ano passado.

“Apesar dos impactos globais trazidos pela pandemia, conseguimos superar as adversidades e registrar crescimento da nossa movimentação de pessoas e cargas em 2021. Investimos em ações para melhorar ainda mais a jornada dos passageiros no nosso terminal e seguimos em destaque entre os melhores aeroportos do País. Quem passa por aqui percebe nitidamente a melhoria na qualidade e no serviço oferecido. Atualmente, nós temos uma operação de classe mundial”, avalia Meira.

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