Segurança pública na Capital é tema de reunião da ACMinas e Polícia Militar

A melhoria do sistema de segurança pública de Belo Horizonte e a aproximação das entidades de classe com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foram tema de reunião promovida pela Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) e o 1º Batalhão da PMMG.

A pauta foi discutida na quinta-feira, com participação do comandante, Tenente-Coronel Cláudio Henrique Ribeiro, o comandante da 4ª Companhia, Major Helivelton Salvador Santana e a comandante de policiamento do Setor Savassi, Tenente Blenda.

Durante o encontro, o comandante do 1º Batalhão propôs a criação de um conselho de segurança pública para Belo Horizonte.

“Por ser uma grande metrópole, BH necessita de um conselho que cobre dos órgãos públicos a prestação de contas sobre investimentos no setor e contribua com medidas que busquem a melhoria da segurança na cidade. Acredito que as entidades de classe possam auxiliar no planejamento de ações da Polícia Militar”, afirmou.

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“Podemos fazer essa interface com o poder público e convidar os parlamentares para apresentarem explicações sobre esses projetos de lei que estão travados no Congresso e na Assembleia. A criação de leis eficazes pode contribuir para a melhoria do nosso sistema de segurança”, ressaltou o vice-presidente da ACMinas, Ricardo Mascarenhas.

Para Ribeiro, o grande desafio da PMMG em Belo Horizonte está relacionado com o desenvolvimento da cidade. O militar afirma que os problemas sociais, as mudanças nas leis e algumas questões internas da instituição interferem na ordem de segurança da Capital.

“Hoje em dia, a rotatividade da tropa é muito grande. A quantidade de pessoas que está saindo é maior do que aquelas que estão entrando na PM, fator que diminui o nosso efetivo. Por outro lado, utilizamos a inteligência, o planejamento e o incremento de novas ideias para continuar gerando bons resultados”, afirma.

Segurança do hipercentro

Segundo o presidente da Associação de Comerciantes do Hipercentro de Belo Horizonte (ACHBH), Flávio Fróes, foi elaborado um abaixo-assinado para pedir ajuda à PM com relação à segurança local.

“É uma região que está completamente degradada. O excesso de moradores de rua, sujeira, iluminação ruim e crimes gera insegurança nos comerciantes e na população que mora e frequenta a região”, pontua.

Para o comandante da 4ª Companhia do 1º Batalhão, Major Helivelton Salvador Santana, alguns problemas de ordem social que ocorrem na região central de BH acabam fugindo da competência da Polícia Militar. Ele acredita que a transformação depende de ações das entidades de classe e das autoridades públicas, além de mudanças na legislação.

“É necessário que as associações que se localizam no Centro, e os outros órgãos públicos, criem iniciativas que busquem solucionar esses problemas. A criação do conselho de segurança pública seria um ótimo ponto de partida e ajudaria a Polícia Militar a entender as dificuldades dos comerciantes da região”, reitera Helivelton.

Medidas de proteção

Com relação aos casos de arrombamentos de carros e estabelecimentos comerciais na Savassi, ocorridos nos últimos dias, a Tenente Blenda, comandante de policiamento da região, informou que a corporação possui viaturas que operam na Savassi, de madrugada, justamente para reprimir os arrombamentos de comércio e veículos. E, os militares têm realizado ações de prevenção e conscientização sobre essas modalidades de crime.

“Todos os dias, a Polícia Militar realiza a operação ‘Cidadão Conectado’, com o objetivo de alertar os cidadãos sobre objetos de valor deixados à vista dentro dos carros. Ao visualizarmos algum objeto no interior dos veículos, ligamos para o proprietário para retirar os bens e evitar, assim, o furto”, disse.

Segundo ela, para inibir os arrombamentos aos estabelecimentos comerciais de madrugada, o conselho é de instalação de alarmes, câmeras de segurança e um bom sistema de iluminação.

Além dos policiais, estiveram presentes ao encontro José Anchieta da Silva, presidente da ACMinas; Ricardo Mascarenhas, vice-presidente; Luís Paulo Costa, superintendente da ACMinas; Hélio Faria, presidente do Conselho Empresarial de Comunicação da entidade; Flávio Fróes, presidente da Associação de Comerciantes