Economia

Seguro de carro em BH varia até 40% entre regiões; veja onde os preços são mais altos

Bairros das regiões Norte e Leste lideram os valores mais altos; já a região Centro-Sul tem os menores índices de seguro auto em BH
Seguro de carro em BH varia até 40% entre regiões; veja onde os preços são mais altos
Foto: Alessandro Carvalho/Diário do Comércio

O preço do seguro de carro em Belo Horizonte pode variar até 40% dependendo do bairro onde o motorista reside. É o que mostra o mais recente levantamento dos Índices de Preço do Seguro de Automóvel e Moto (IPSA + IPSM), realizado pela TEx, empresa de tecnologia para o setor de seguros do grupo Serasa Experian. O IPSA e o IPSM são calculados com base no percentual que o seguro representa do valor do veículo.

Em setembro, as regiões Norte e Leste de Belo Horizonte registraram os maiores custos de seguro auto, ambas com índice de 4,8%. Em contrapartida, motoristas da região Centro-Sul encontraram os menores valores, com índice médio de 3,4%.

O CEP do motorista é um dos fatores mais relevantes na definição do preço do seguro. Segundo o head de Seguros da Serasa Consumidor, Emir Zanatto, essa diferença é explicada por critérios de risco. Regiões com maior fluxo de veículos, altos índices de sinistros e maior exposição a roubos costumam apresentar seguros mais caros. Já bairros predominantemente residenciais, com menor circulação, tendem a ter preços mais baixos.

Essa lógica também se aplica às motos. Na Capital, o índice variou de 8,9% no Centro a 11,1% na região Leste, reforçando como o tipo de uso do veículo e a localização influenciam diretamente no valor da apólice.

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Perfil do motorista interfere diretamente no preço do seguro

Além da localização, o perfil do segurado também exerce grande influência no valor da apólice. O estudo aponta que motoristas jovens, com idade entre 18 e 25 anos, continuam pagando mais caro: o seguro custa, em média, 8,6% do valor do carro e 15,4% do valor da moto. Já condutores com mais de 56 anos pagaram, em média, 4,3% (carro) e 6,9% (moto).

O estado civil e o gênero também impactam o preço. Homens solteiros apresentaram os maiores índices entre todos os perfis analisados: 6,5% para automóveis e 11,4% para motocicletas.

Tipo e valor do carro também impactam o custo do seguro

A idade do carro é outro fator determinante para o valor do seguro. Modelos com 6 a 10 anos de uso registraram índice médio de 7,1%, mais que o dobro dos veículos 0 km, que tiveram apenas 3,1%.

Quanto ao valor de mercado, automóveis entre R$ 31 mil e R$ 50 mil concentraram os maiores índices (8,6%), enquanto os mais caros, acima de R$ 150 mil, apresentaram índice médio de 3,0%.

Outro ponto relevante é o histórico do segurado com a corretora. A contratação de um seguro novo é, em média, mais cara: 6,5% para carros e 10,2% para motos. Já quem renova com a mesma corretora encontra condições mais vantajosas, com índices de 4,3% (auto) e 7,1% (moto).

Tendência nacional aponta queda nos preços do seguro de carro

Em nível nacional, o IPSA fechou setembro em 5,1%, o menor valor registrado nos últimos 12 meses. O IPSM também apresentou leve recuo, de 9,7% para 9,6%. A diferença entre os dois segmentos permanece em 4,5 pontos percentuais.

“Esses dados mostram que o seguro não é padronizado. Ele depende de quem dirige, do que se dirige e de onde se dirige. Nosso objetivo é apoiar corretores com informações que ajudem a oferecer a melhor solução para cada cliente”, afirma Emir Zanatto.

Tecnologia ajuda a tornar o seguro mais acessível

A TEx, responsável pelo levantamento, atua há mais de uma década no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o setor segurador. A empresa oferece plataformas como o Ex Predicts e o TEx Mercado, que permitem cotação, venda, comparação e gestão de seguros com base em inteligência de dados.

Desde que foi adquirida pela Serasa Experian, em 2024, a TEx vem ampliando sua atuação e contribuindo para a transformação digital do setor, com foco em ampliar o acesso ao seguro no Brasil e tornar os preços mais justos e personalizados.

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