Setor de serviços cresceu 5,5% em Minas Gerais no 1º bimestre

O setor de serviços em Minas Gerais destoou da média nacional e apresentou crescimento em fevereiro. No período, o incremento foi de 0,2% na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo intervalo do ano passado, o crescimento atingiu 5,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado positivo, o setor de serviços avançou 5,5% no primeiro bimestre ante igual intervalo do ano passado. Já no acumulado dos últimos 12 meses o crescimento do setor em Minas atingiu 7,2% na comparação com o mesmo período do exercício anterior.
De acordo com o IBGE, três das cinco atividades analisadas cresceram em fevereiro
- Serviços de informação e comunicação – alta de 15,2%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio apresentou – alta de 8,3%
- Outros serviços – baixa de 8,1% – mantendo a tendência de baixa apresentada durante o ano.
Segundo o analista do IBGE, Daniel Dutra, as maiores influências positivas (CNAEs) para fevereiro vieram dos grupos Transporte ferroviário de carga; Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos; e Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis. “A indústria extrativa de Minas Gerais teve um resultado muito bom. E envolveu muito transporte ferroviário de carga para transportar o minério de ferro”, avaliou.
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Nos últimos 6 meses foram registradas quatro variações positivas e duas negativas, tendo o Estado registrado 0,5% de crescimento, o que representa um cenário de estabilidade do setor de serviços em Minas Gerais.
“Vejo o setor de Serviços bem acima do que estava no ano passado. O que está pesando muito são os serviços de comunicação e informação e transportes. Sendo que o peso maior é do setor transportes que vai crescer mais a partir de agora, em função do escoamento da atividade agrícola. Outro setor que deve crescer muito também é o de serviços prestados à família, que vai desde salão, passando por restaurantes e chegando em hotéis, que terá um maior peso na influência”, salientou.
De acordo com o IBGE, em relação ao desempenho da indústria e do comércio, ressalta-se que o setor de serviços teve um descolamento durante boa parte dos anos de 2022 e 2023. Nos últimos 12 meses, entretanto, o setor apresentou uma desaceleração e, no momento, já se encontra no mesmo patamar dos outros setores.
Turismo segue em alta em Minas Gerais
Assim como vem sendo verificado nos meses anteriores, o Turismo segue em alta no Estado. Na soma dos meses de janeiro e fevereiro de 2024, o crescimento foi de 7,6% e Minas Gerais lidera os indicadores de atividades turísticas no País no acumulado dos últimos 12 meses.
Para o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos, Minas Gerais continua apresentando um desempenho robusto no segmento de serviços como um todo.
“Estamos com um crescimento acima da média nacional em quase todos os períodos e em quase todos os segmentos, atividades e serviços. Vale destacar as atividades turísticas, com Minas Gerais continuando na liderança desse indicador no acumulado dos últimos 12 meses e se mantendo, assim, com bom desempenho. Evidentemente, esse primeiro bimestre do ano pesa contra a atividade turística do Estado, uma vez que grande parte está associada às atividades litorâneas”, avaliou.
Contudo, o economista mantém as perspectivas positivas para os próximos meses, pois, segundo ele, o País continua com os fundamentos macroeconômicos bem robustos.
Minas Gerais performou consistentemente e muito melhor que o Brasil ano passado e esperamos que grande parte do reflexo desse bom desempenho continue se refletindo nos resultados. Os fundamentos que sustentaram esse cenário foram o recuo da taxa básica de juros e da inflação, a atividade econômica aquecida e o mercado de trabalho bastante robusto, com redução da taxa de desemprego e crescimento tanto da formalização quanto dos empregos formais no Estado”, explicou Izak Carlos.
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