Sete condomínios logísticos foram entregues em Minas Gerais

Em 2023, Minas Gerais registrou a entrega de sete condomínios logísticos de alto padrão, aqueles que atendem com mais eficiência as operações logísticas de empresas dos mais diversos setores. Esses empreendimentos adicionaram aproximadamente 275 mil metros quadrados ao inventário de galpões desse tipo no Estado, que encerrou o ano em 2,193 milhões de metros quadrados.
As informações são da CEO da Colliers – empresa líder em serviços profissionais diversificados e gestão de investimentos -, Paula Casarini. De acordo com ela, a cidade de Extrema foi a que mais recebeu novos condomínios logísticos de alto padrão no último exercício: três deles. O município, que representa cerca de 40% do estoque mineiro e deve receber novos galpões em 2024, vem se destacando na atração desses empreendimentos já há algum tempo, em virtude de diferenciais, como a localização privilegiada, forte infraestrutura e incentivos fiscais.
Justamente por essas singularidades, sobretudo pela favorável localização, o Sul do Estado, onde Extrema está situada, é um dos principais mercados de galpões dessa categoria. Tanto é que, dos outros quatro condomínios logísticos entregues em Minas Gerais, no ano passado, dois deles também foram na região. Itapeva e Varginha, cidades que se tornaram opções para receber o transbordo de investimentos da vizinha Extrema, receberam os novos empreendimentos.
Já o restante dos condomínios logísticos de alto padrão foi entregue em dois relevantes municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que do mesmo modo que os demais locais citados, possuem localizações estratégicas que beneficiam, por exemplo, o escoamento de produtos das companhias que por ali se instalam. Com esse e mais fatores atraentes para os investidores, Contagem e Betim registraram uma entrega cada.
“Para 2024, a nossa expectativa é de que esse inventário continue crescendo e se aproxima de três milhões de metros quadrados”, disse a CEO da Colliers. Conforme ela, Minas Gerais é o terceiro maior estado do ponto de vista de condomínios logísticos do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Área locada nos condomínios logísticos de Minas Gerais diminui
Embora o inventário de condomínios logísticos de Minas Gerais tenha crescido no ano passado, Paula Casarini ressalta que as movimentações referentes à área alocada foram 4% inferiores ao registrado no exercício imediatamente anterior. “Nós contabilizamos aproximadamente 429 mil metros quadrados em 2023 contra 446 mil metros quadrados em 2022”, afirmou a executiva.
Segundo ela, essas mudanças aconteceram, principalmente, em Extrema, onde praticamente um a cada dois metros quadrados locados foram registrados. Quanto ao perfil das principais empresas locadoras, a CEO destaca que pertencem aos setores de transporte, varejo, farmacêutico, veículos e comércios de alimentos. O segmento varejista, inclusive, conforme a dirigente, foi o que devolveu a maioria das áreas locadas, sendo cerca de metade dessas devoluções em Contagem.
Baixa taxa de vacância e preço médio alto
Em relação à vacância do Estado, que corresponde à área não locada dos empreendimentos, a taxa está em torno de 5%. Paula Casarini diz que esse percentual é considerado baixo e que, historicamente, Minas Gerais possui esse indicador inferior a 10%, o que indica que o mercado de condomínios logísticos está bastante saudável.
Quanto ao preço médio pedido na locação do metro quadrado nos condomínios logísticos no Estado, a CEO destaca que está em R$ 25,11, valor levemente acima da média nacional, que hoje está em R$ 24,90. De acordo com ela, os maiores preços do Estado estão concentrados nas cidades de Contagem, Extrema e Betim, respectivamente.
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