Economia

Sete Lagoas busca empresas para restaurar Ilha do Milito, na Lagoa Paulino

Projeto arquitetônico é orçado em R$ 3 milhões e deve abrigar cafeteria, galeria de arte, palco para shows e deck com vista panorâmica
Sete Lagoas busca empresas para restaurar Ilha do Milito, na Lagoa Paulino
Estimativa é de que obras tenham início no segundo semestre de 2025 | Foto: Divulgação Projeto "A Ilha é Nossa"

Erguido em 1942 como um dos mais charmosos pontos turísticos de Sete Lagoas, na Região Central de Minas, a Ilha do Milito deve passar por um restauro cujo projeto arquitetônico é orçado em R$ 3 milhões, segundo a prefeitura municipal. O equipamento está localizado ao lado da orla da Lagoa Paulino, no Centro da cidade, e demanda parcerias de inciativa privada para, então, executar as obras.

Em entrevista ao Diário do Comércio, o superintendente geral da pasta de Cultura e Juventude de Sete Lagoas, Alan Keller, explica que, no momento, há um projeto para restauro e outro para a gestão do equipamento municipal. Contudo, esforços estão sendo feitos para captar empresas interessadas em iniciar parceria com o poder público.

“Por um longo tempo, a ilha vem sendo usada como concessão mas, agora, a Secretaria de Cultura assumiu o espaço. Considerando que é um cartão-postal da cidade, a relevância histórica para o município e até mesmo por ser um patrimônio municipal, a secretaria reuniu, em um primeiro momento, arquitetos para desenvolver um projeto de restauro”, pontua.

Ilha está sem finalidade turística há um ano

A Ilha do Milito é um projeto original de Flavio de Castro, arquiteto conhecido na cidade e que também já atuou como secretário municipal de Planejamento. Nos últimos anos, o funcionamento de bares e de uma casa noturna foram as últimas funções delegadas ao local.

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Segundo Alan Keller, apesar das mudanças que o equipamento já sofreu ao longo dos anos, o projeto que foi iniciado em fevereiro deste ano terá algumas intervenções mais pontuais relacionadas à acessibilidade para visitantes com deficiência. Contudo, o restauro visa manter as características históricas do equipamento.

“Esse projeto de restauro foi apresentado recentemente para a sociedade e para o empresariado, porque a nossa intenção é de que a iniciativa privada possa assumir o local com a gestão, assim como ocorre com espaços conhecidos como o Grande Teatro Cemig, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB)”, cita Keller.

No equipamento municipal, o projeto de restauro batizado de “A Ilha é Nossa” prevê, ainda, uma reformulação de sua estrutura, que passará a contar com:

  • cafeteria,
  • biblioteca,
  • brinquedoteca,
  • palco para apresentações artísticas,
  • galeria para exposições,
  • quiosques,
  • jardins
  • e deck com vista panorâmica para a Lagoa Paulino.
Deck com vista panorâmica para a Lagoa Paulino, localizada no Centro de Sete Lagoas | Foto: Divulgação Projeto “A Ilha é Nossa”

“O restauro está orçado no valor médio de R$ 3 milhões. É um valor baixo levando em consideração outros projetos com o mesmo objetivo pelo País. Atualmente, o projeto está submetido à Lei de Incentivo à Cultura e temos uma empresa interessada. No entanto, essa mesma empresa não está interessada no projeto em sua integridade”, revela.

A captaçao, de acordo com o superintendente, tem sido feita por sistema de cotas. “O que queremos é que as empresas possam explorar possibilidades para que a sua marca esteja contida no espaço. Isso é válido tanto para uma empresa que queira assumir a Ilha do Milito de forma integral como também para um consórcio de empresas interessadas”, explica.

Sete Lagoas pode ter novo Centro de Apoio ao Turista

Além das finalidades já desenhadas para a execução do projeto, a intenção, de acordo com Alan Keller, é que a Prefeitura de Sete Lagoas possa ativar na Ilha do Milito o novo Centro de Apoio ao Turista (CAT). Já em relação à parceria público-privada, o poder Executivo municipal assumiria a parte de manutenção do cartão-postal dentro do contexto de custos operacionais como iluminação, água, fornecimento de colaboradores e o apoio na manutenção do prédio.

“Com o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Sete Lagoas (Compac) nos ajudando nesse período de captação, e com tudo ocorrendo conforme esperamos, a gente acredita que no segundo semestre de 2025 as obras tenham inicio”, aposta o superintendente.

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