Economia

Setor de autopeças na Capital dá a volta por cima em 2020

Setor de autopeças na Capital dá a volta por cima em 2020
Crédito: Alisson J. Silva / arquivo DC

O setor de autopeças e acessórios veiculares, em Belo Horizonte, após registrar quedas entre 20% a 30% nos resultados ao longo dos primeiros três meses de isolamento social em 2020 com o objetivo de reduzir a propagação da pandemia de Covid-19, conseguiu superar as perdas e encerrou o exercício com pequeno crescimento frente a 2019. Para este ano, as expectativas são positivas, porém, o setor ainda enfrenta dificuldades de reposição de peças. 

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios de Belo Horizonte (Sincopeças-BH), Helton Andrade, os bons resultados do setor de autopeças e acessórios em 2020 foram garantidos, entre outros fatores, pelo setor ter sido considerado essencial, o que manteve as empresas em funcionamento. 

“Mesmo com o fechamento de vários setores do comércio em Belo Horizonte, as empresas de autopeças mantiveram as atividades em funcionamento por serem essenciais. Isso é importante para a manutenção dos serviços básicos, como de ambulâncias, bombeiros, abastecimento e veículos em geral”. 

Em 2020, entre março e maio, o setor chegou a registrar perdas entre 20% e 30%, mas, após julho, com a retomada do mercado, a maior parte das empresas do setor conseguiu se recuperar e encerrar o ano em crescimento. Porém, algumas empresas que estavam com a situação mais fragilizada encerraram as atividades. 

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As expectativas para 2021 são favoráveis. Muitos consumidores, ao invés de comprarem carros novos, estão optando pela revisão e manutenção dos veículos, o que mantém a demanda do setor em alta. 

Um dos gargalos enfrentados pelo segmento, porém, é o abastecimento de peças, que ainda está abaixo da normalidade, já que parte das indústrias fornecedoras reduziu ou suspendeu a produção.   

Varejo de automóveis – Ainda segundo Andrade, já o comércio varejista de automóveis, também representado pelo Sincopeças, mantém o resultado negativo e expectativas pessimistas com o novo fechamento das atividades na capital mineira.   

“O setor do comércio varejista de veículos está sofrendo muito com o novo fechamento das atividades em Belo Horizonte. O consumidor que vai comprar um automóvel quer ir pessoalmente, conhecer e analisar os carros e a empresa. Com o fechamento, os prejuízos são muitos”. 

Andrade ressalta que as lojas do setor são amplas e não geram aglomeração e que todo o protocolo de segurança para evitar a transmissão do vírus estão implantados. Além disso, para ele, o setor de veículos deveria ser considerado essencial, já que os produtos são alternativas para que a população tenha um transporte privado e mais seguro em relação à transmissão da Covid-19.

“A comercialização de carros contribui para reduzir o número de pessoas utilizando o transporte coletivo. Acreditamos que o novo fechamento irá causar queda nas vendas, mas não tão severas como visto nos primeiros meses da pandemia em 2020, já que as empresas estão melhor preparadas para as vendas nos sites e nas redes sociais. Mas os prejuízos existem”, disse.

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