Setor de bebidas prevê vendas 30% maiores no Dia dos Pais

O setor de bebidas finas em Minas Gerais estima alta de 30% nas vendas para o Dia dos Pais. A confirmação é do Sindicato de Bebidas de Minas Gerais (SindBebidas-MG). Segundo o presidente do sindicato, Mário Marques, o mercado apresentou uma recuperação significativa no início deste segundo semestre.
“Este crescimento foi devido à surpresa de um inverno intenso neste ano de 2021 e à reabertura do comércio. Outro ponto é que houve também a flexibilização de bares e restaurantes, que voltaram a abastecer as adegas, mas grande parte dos consumidores passou a degustar em casa”, explica.
Marques destaca ainda que nos grandes picos da pandemia da Covid-19 faltaram alguns insumos. “Sofremos com a falta de garrafas especializadas, algumas embalagens e também com a falta da matéria-prima no mercado, o vidro. Minas não tinha uma indústria especializada e agora já temos, e vai atender a nossa necessidade e também o setor cervejeiro”, esclarece.
O presidente do SindBebidas-MG pontua que, no mesmo período do ano passado, as vendas para o Dia dos Pais, no Estado, fecharam em 15% do faturamento das empresas especializadas. Um valor muito menor do que o previsto para o setor. “Estávamos no pico da pandemia, quando o comércio estava todo fechado e a maioria das vendas era feita on-line e via redes sociais”, relembra.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Com 67 anos de história, a Casa do Vinho, a importadora mais antiga de Minas Gerais, está animada com a data comemorativa. A expectativa da loja é de que as vendas cresçam em 30%. No ano passado, o estabelecimento estava fechado para o Dia dos Pais, mas contabilizou resultados significativos com retorno de 15% no faturamento.
“Apostamos no delivery e nas vendas on-line. Temos um mix de produtos para presentes, porém tivemos problemas pontuais com falta de garrafas, dificuldade de importação de alguns produtos, que agora começaram a ser resolvidos”, explica o sócio-proprietário André Martini.
Com a flexibilização do comércio, a empresa ainda mantém todos os atendimentos. “As demandas estão se retomando aos poucos. Já temos a ampliação da abertura do comércio, agora os bares e restaurantes estão em funcionamento, os clientes estão investindo em bebidas finas para consumo em residências e os outros empreendimentos também estão abastecendo as adegas”, esclarece Martini.
Na loja, os produtos mais procurados são os vinhos importados e os whiskys puro malte e menos comerciais e conhaques exclusivos. “Com a alta do dólar sofremos com a elevação cambial, o que acabou sendo repassado para o consumidor final. Aqui na loja, tentamos segurar ao máximo. Infelizmente, a carga tributária foi o que mais pesou para quem trabalha com produtos importados”, desabafa André Martini.
Na Casa Geraldo de vinhos finos, a expectativa é de que a data tenha um retorno de 20%. Com a retomada das vendas, a empresa reassumiu as atividades de atendimento presencial e on-line. No ano passado, a loja teve um crescimento de 15% no mesmo período de comemoração para o Dia dos Pais. “Levando em consideração que neste ano a data está antecipada e que a maioria da população irá receber na próxima sexta-feira (6), estamos esperançosos para um movimento significativo para o fim de semana. Além disso, tivemos um mês de julho fantástico devido ao frio, que incentivou o consumo de vinho e a flexibilização da abertura de bares e restaurantes”, avalia o gerente Leonardo Gomes.
No ano passado, a Casa Geraldo fechou com saldo positivo. A loja adotou um atendimento exclusivo e personalizado pelas redes sociais, on-line e delivery. “Alcançamos um aumento nas vendas em 40%. E, para este ano, esperamos alcançar este patamar, principalmente porque além desses mecanismos adotados, agora retomamos o atendimento presencial”, esclarece Gomes.
Além da loja, o empreendimento também retomou as visitas em Andradas, no Sul de Minas. No local é possível conhecer todo o processo de fabricação do vinho e do suco de uva, os produtos mais procurados na loja. “Os passeios voltaram com vagas limitadas e tudo dentro do protocolo sanitário. No período da crise pandêmica, a cidade ficou proibida de vender bebidas alcoólicas”, conta o gerente da Casa Geraldo.
Os produtos importados também foram reajustados na loja devido ao aumento do dólar. O gerente Leonardo Gomes explicou que os reajustes nos produtos foram feitos apenas neste ano para o consumidor final, mas nada exorbitante.
Na Casa do Porto, a expectativa é de que as vendas permaneçam em 20%, mesmo patamar atingido no ano passado. Ainda de acordo com o gerente Júnior Ribeiro, a casa, que também tem espaço para a degustação dos clientes, diminuiu o local de acesso em 40% e acredita que no domingo (8), na data comemorativa, a loja esteja movimentada com os papais escolhendo os próprios presentes.
Ouça a rádio de Minas