Economia

Setor de bolsas estima crescer até 10%

Setor de bolsas estima crescer até 10%
Alguns fabricantes mineiros já registram números superiores ao período pré-pandemia de Covid-19 | Crédito: Alisson J. Silva

O aumento nos preços de insumos ditou os caminhos de diversas empresas ao longo de 2021. No caso da indústria de bolsas e cintos, a recuperação financeira após os impactos mais massivos da pandemia da Covid-19 está condicionada a fatores como porte e estratégia de vendas. E, neste início de ano, a indústria responsável pela produção dos acessórios em Minas Gerais projetou um crescimento entre 5 a 10% em relação a 2021, conforme aponta a entidade representativa da categoria. 

Conforme avalia o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Bolsas e Cintos de Minas Gerais (Sindibolsas MG), Celso Afonso, o segmento é composto, majoritariamente, por indústrias de pequeno porte, fator que contribui para uma visão menos homogênea da retomada econômica das empresas representadas. 

“A radiografia do setor apresenta contrastes. Para algumas  empresas, 2021 já significou um crescimento expressivo, superando até mesmo os números pré-pandêmicos. Para outras (empresas), marcou o retorno àquelas indicadoras. Entretanto, para outras, as vendas ainda aparecem 30% menores, apesar de já sentirem uma franca recuperação”, afirma Celso Afonso. 

Ainda segundo o presidente do Sindibolsas MG, o que explica o sobressalto de algumas empresas é a estratégia comercial adotada. Para ele, a parceria com redes de varejo fortalecem as vendas no atacado das indústrias de bolsas e cintos e, dessa forma, contribuem para a saúde financeira do caixa. 

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No entanto, não é somente a estratégia de venda que merece a atenção das empresas do segmento, conforme aponta Celso Afonso. Outros dois pontos que precisam ser trabalhados são o treinamento da força de trabalho das indústrias e, ainda, o ajuste de preços para conter a alta inflacionária de determinados materiais que compõem os acessórios. 

Nesse sentido, o presidente sindicato afirma que os custos com matérias-primas chegaram a aumentar 40% entre 2020 e 2021, o que impossibilita a manutenção dos preços aos comerciantes. 

Retorno de feiras de moda

Alívio para o segmento é o retorno de feiras de moda, como é o caso do Minas Trend Preview, realizado em novembro de 2021. “O evento contribuiu para a formação de uma carteira de pedidos para os primeiros meses do ano, que são as mercadorias que vão encher as prateleiras com produtos da coleção outono-inverno. Outro sinal de crescimento é a abertura de novas lojas físicas, o incremento nos e- commerces e também a abertura de franquias, numa clara aposta de verticalização. Enfim, a sensação é de que o ano começa a todo vapor para o setor de bolsas de Minas Gerais”, afirma Celso Afonso.

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