Setor de joias e bijuterias estima um crescimento de 7% neste ano

Após vivenciar um ano de perdas com todos os reflexos da pandemia da Covid-19, o setor de joias e bijuterias em Minas Gerais está mais otimista em relação aos resultados em 2021.
As expectativas são de que o segmento tenha um crescimento de 7% neste ano na comparação com 2020, segundo afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Joalherias, Ourivesarias, Lapidações e Obras de Pedras Preciosas, Relojoarias, Folheados de Metais Preciosos e Bijuterias no Estado de Minas Gerais (Sindijoias-MG), Manoel Bernardes.
Apesar de muitos desafios ainda existirem e de uma volta aos patamares de 2019 ser prevista somente para 2022, Bernardes salienta que alguns fatores em 2021 deverão contribuir para que os números se apresentem mais expressivos neste ano.
Algumas dessas razões que trazem perspectivas mais promissoras são a abertura do comércio em datas que concentram um bom volume de vendas, como o Dia das Mães, e as expectativas de um segundo semestre mais estável, inclusive tendo em vista uma maior vacinação da população.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
“Esperamos que não tenha uma terceira onda da pandemia, com mais fechamentos, o que nos leva a uma perspectiva de melhora. Também aguardamos um segundo semestre mais estável, com uma programação maior. A economia tem um componente emocional muito grande. As pessoas consomem menos se tem muita insegurança”, destaca Bernardes.
Além disso, diz o presidente do Sindijoias-MG, a aprovação da reforma tributária, caso ocorra, também deverá contribuir positivamente.
Desafios no setor de joias e bijuterias em Minas Gerais
Por mais que o segmento em Minas Gerais esteja se recuperando, os desafios não deixaram de existir este ano, pelo contrário. Muitos ainda permanecem, afetando mais alguns setores e outros menos.
Bernardes lembra que o fechamento das atividades comerciais, por exemplo, impactou as vendas de joias e bijuterias em Minas Gerais, uma vez que os consumidores, em geral, compram pessoalmente esse tipo de produto. “O comércio eletrônico é pequeno em relação à venda global”, diz ele.
Além disso, a desvalorização cambial aumentou os preços dos produtos. O ouro, por exemplo, é cotado em dólar. O crescimento do desemprego e a diminuição do poder aquisitivo das pessoas também refletiram nos números do setor de joias e bijuterias em Minas Gerais.
“Ainda existem dificuldades para vender e retomar as atividades por várias razões para as joias que têm valor médio, médio para baixo. Já o setor de mais alto luxo foi impactado moderadamente”, diz Bernardes.
Nesse cenário, conta a favor da recuperação do segmento as próprias características das joias, segundo o presidente do Sindijoias-MG, devido ao seu valor simbólico e à qualidade.
“Para o produto joia, temos a vantagem de haver um valor simbólico muito forte, é um produto que não se acaba com o tempo, é atemporal”, salienta Bernardes.
Ouça a rádio de Minas