Economia

Setor de pré-moldados prevê alta de até 15% no faturamento

Setor de pré-moldados prevê alta de até 15% no faturamento
Além do aumento das vendas pela indústria de pré-moldados, o nível maior de consultas de projetos e orçamentos indica demanda aquecida no Estado | Foto: Dênio Simões/ Agência Brasília

Assim como outros segmentos da construção civil, o setor de pré-moldados de concreto também está se beneficiando do aquecimento observado no mercado imobiliário no decorrer deste exercício. Prova disso é que as indústrias instaladas no Estado deverão encerrar 2020 com faturamento entre 10% e 15% maior do que o apurado no ano passado.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado de Minas Gerais (Siprocimg), Lúcio Silva, a taxa básica de juros (Selic) em patamares mínimos, a mudança de comportamento do consumidor durante os últimos meses, com as pessoas passando a valorizar mais o ambiente de casa, e a injeção de recursos na economia, por meio do auxílio emergencial pago pelo governo, são alguns dos fatores que estão beneficiando a atividade. A perspectiva, segundo ele, é que a demanda continue aquecida também no ano que vem.

“O déficit habitacional do Brasil ainda é bastante elevado, então é grande o espaço para a construção civil crescer e os setores complementares acabam se desenvolvendo na esteira deste crescimento”, afirmou.

Além das próprias vendas que estão aquecidas, conforme o dirigente, o nível de consultas de projetos e orçamentos também está maior. E isso funciona como um termômetro para a demanda nos meses subsequentes.

“As cotações estão cerca de 10% maiores do que na mesma época do ano passado. Ainda não indicam vendas, mas mostram a intenção em investir. Por isso, acreditamos o setor continuará sendo beneficiado no ano que vem”, completou.

Custos – Por outro lado, da mesma forma como outras atividades, o segmento também tem enfrentado dificuldades com os insumos, principalmente o aço e o cimento. Além dos fortes reajustes, o desabastecimento, a falta de pronta entrega e redução dos prazos de pagamento também têm sido enfrentados.

Silva contou que, no caso do cimento, ao todo já foram quatro reajustes somente este ano e algumas cimenteiras também diminuíram o prazo de pagamento, além de não estarem entregando o insumo a tempo e a hora. Quanto ao aço, também houve elevação no preço e as indústrias têm reclamado de dificuldades na compra.

“Estas situações têm causado muito transtorno, porque nosso setor é altamente dependente destas matérias-primas. A gente faz a negociação, fecha o contrato e depois não consegue atender”, lamentou.

De toda forma, o presidente Siprocimg mostrou-se otimista. “Mesmo com todos os problemas e dificuldades, avalio de maneira positiva o ano que está chegando ao fim e o futuro também. Estamos começando a trilhar um bom caminho para 2021, que terá tudo para ser melhor que 2020”, apostou.

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