Setor de serviços avança 10,9% em relação a janeiro anterior

O setor de serviços em Minas Gerais avançou 10,9% no primeiro mês de 2023 frente ao mesmo período do ano passado. É o que aponta a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nessa sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o levantamento, o desempenho do Estado foi puxado, principalmente, pela alta de 19,4% do grupo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. Os serviços prestados às famílias (14,5%); serviços profissionais, administrativos e complementares (11,3%) e os serviços de informação e comunicação (4,5%) também registraram avanços.
Do lado oposto, o segmento denominado de outros serviços teve uma performance negativa e retraiu 14,1% no confronto interanual. Nesta categoria estão inseridos, por exemplo, as atividades de compra, venda e aluguel de imóveis e a manutenção de bens diversos.
O analista em Informações Estatísticas e Geográficas do IBGE Minas, Daniel Dutra, ressaltou que, embora os setores de transportes e serviços prestados às famílias venham se destacando há algum tempo, eles tiveram uma leve perda de relevância no mês. Isso porque em dezembro, o primeiro teve alta de 20,5%, enquanto o segundo registrou aumento de 19,5%.
“Teve queda na relevância do setor de transporte, mas ele ainda continua como o mais relevante”, afirmou. “No caso dos serviços prestados às famílias, essa queda ainda tem a ver com o pós-pandemia, pois são, por exemplo, hotéis, cabeleireiros, serviços que pararam durante a pandemia e depois voltaram com vários recordes. Agora vêm caindo, porque o fator pós-Covid está cada vez menor”, completou.
Últimos 12 meses
Ainda de acordo com o estudo, na comparação entre o acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, em relação ao mesmo intervalo de tempo anterior, o setor de serviços em Minas Gerais teve uma elevação de 11,5%. Nessa base comparativa, o principal responsável pela performance mineira foi o grupo de serviços prestados às famílias, com alta de 33,3%.
As atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (21,2%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (16,3%) também apresentaram crescimento. De maneira oposta, os segmentos outros serviços (-28,3%) e serviços de informação e comunicação (-2,1%) tiveram retração.
O analista do IBGE Minas ressaltou que, ao somar as variações mês a mês, nos últimos 12 meses, o setor de serviços do Estado cresceu 10,1%. No período, foram seis taxas positivas e seis negativas, sendo a maior delas em março (6,7%) e a menor em abril (-2,8%).
Em relação a dezembro, setor de serviços recuou
Apesar de apurar bons resultados em relação a janeiro de 2022 e nos últimos 12 meses, o setor de serviços de Minas Gerais teve queda de 2,6% em janeiro frente a dezembro. O Estado, inclusive, exerceu a terceira maior influência negativa sobre o indicador no Brasil, cujo recuo foi de 3,1%. Os impactos mais significativos vieram de São Paulo (-2,6%) e Rio de Janeiro (-5,5%).
Dutra explica que um dos motivos para a retração mensal está na alta base de comparação, visto que, no último mês do ano passado, o setor de serviços mineiro atingiu o pico da série histórica do IBGE, iniciada em 2011. Sendo assim, ele afirma que não se pode considerar que há uma reversão de tendências, dado que o índice de janeiro ainda está em um alto patamar.
“Essa queda não é algo que se pode falar que o setor de serviços está desacelerando. Foi uma queda, mas ainda está bem próximo da média histórica”, diz.
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