Setor de serviços fecha 3º trimestre com crescimento de 2,5% em Minas

O setor de serviços em Minas Gerais registrou aumento de 2,5% no terceiro trimestre deste ano, segundo levantamento divulgado na quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre, o setor havia registrado queda de 0,5%. Já na passagem de agosto para setembro, houve queda de 0,3%.

O economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Guilherme Almeida, pondera que, apesar da retração apresentada na comparação de setembro com o mês anterior, o indicador mostra uma tendência de melhora, evidenciada na relação trimestral. Tal resultado, segundo ele, é impulsionado pelos transportes, serviço demandado desde o setor produtivo até o comércio.

Segundo Almeida, a retração registrada em setembro no comparativo com agosto pode estar ligada à pressão inflacionária sobre bens essenciais para a atividade produtiva, principalmente o combustível. “O impacto é em toda a cadeia produtiva”, alerta.

De acordo com o IBGE, na comparação setembro 2018/setembro 2017, o setor de serviços registrou alta de 0,5% em Minas. O resultado positivo foi puxado por outros serviços – que inclui ramos imobiliário e financeiro, entre outros – com elevação de 13,6%; e serviços auxiliares aos transportes e correios, que teve alta de 2,1%. Registraram queda os serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%); os serviços prestados às famílias (-0,7%) e os serviços de informação e comunicação (-0,1%).

Em relação ao acumulado de nove meses do ano, em comparação a igual período anterior, o setor mostrou queda de 0,6%. Tiveram alta os segmentos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (+5,1%) e outros serviços (+2,7%). Apresentaram queda: serviços de informação e comunicação (- 4,9%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,6%); serviços prestados às famílias (-2%).

No acumulado de 12 meses, o setor registrou recuo de 0,7% no Estado. Registraram queda serviços de informação e comunicação (-7,1%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%). Os segmentos que mostraram elevação foram o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+4,2%); serviços prestados às famílias (+4,1%); outros serviços (+2,7%).

Brasil – O resultado para o Brasil também foi negativo na passagem de agosto para setembro, com recuo de 0,3%. De acordo com o IBGE, dos 27 estados investigados, 22 assinalaram retração no volume dos serviços nessa base comparativa. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, frente a igual período do ano anterior, a queda do volume de serviços no Brasil foi de 0,4%.

O resultado anualizado (variação acumulada em doze meses) foi negativo em 0,3%. Já na relação setembro 2018/setembro 2017 houve elevação de 0,5%. Em bases trimestrais, o setor de serviços mostrou elevação de 0,7%, interrompendo sequência de 14 trimestres seguidos de queda.