Economia

Setor de serviços registra alta no Estado

Setor de serviços registra alta no Estado
Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

O setor de serviços, um dos mais afetados pela crise provocada pela pandemia de Covid-19, apresentou reação positiva em janeiro. Em Minas Gerais, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi verificado avanço de 2,6% no setor de serviços em janeiro frente a dezembro.

O resultado, em comparação com janeiro de 2020, também foi positivo, com alta de 1,7%. Apesar da reação, nos últimos 12 meses, a queda acumulada é de 5,9%. A recuperação dos índices depende do controle da pandemia, o que pode ser alcançado com o aumento da vacinação.

De acordo com a supervisora de pesquisas econômicas em Minas Gerais do IBGE, Claudia Pinelli, o setor de serviços segue sendo um dos mais afetados pela crise gerada com a pandemia de Covid-19.

“Apesar do resultado positivo de janeiro, o setor de serviços ainda acumula perdas e a recuperação dependerá do controle da pandemia. Ao contrário dos demais setores produtivos, o de serviços depende muito da presença do consumidor para ser prestado, o que é muito prejudicado pela pandemia”.

De acordo com o IBGE, em janeiro, o setor de serviços em Minas Gerais apresentou um avanço de 2,6% frente a dezembro de 2020, na série com ajuste sazonal. No Brasil, também foi verificada alta de 0,6%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, Minas Gerais avançou 1,7% em janeiro de 2021. Já no País, a queda ficou em 4,7%.

Estratificação – Os resultados por atividades em Minas Gerais, na comparação com janeiro do ano anterior, apontam variações positivas do volume de serviços em três das cinco atividades avaliadas:

• Serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%);
• Outros serviços (35,4%);
• Transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio (8,0%).

Por outro lado, foram verificadas quedas nas seguintes atividades:
• Serviços prestados às famílias (34,7%);
• Serviços de informação e comunicação (4,1%).

“Em janeiro, devido ao período de férias, muitas pessoas viajaram, o que contribuiu para a alta. A retomada das atividades da indústria também favoreceu o desempenho dos Serviços profissionais, administrativos e complementares”, explicou.

Acumulado

Apesar da alta observada na comparação mensal e anual, Minas Gerais acumula resultado negativo quando avaliado o desempenho nos últimos 12 meses. No Estado, queda no intervalo é de 5,9%. No Brasil, recuo do volume de serviços está em 8,3%.

Em relação à variação acumulada de 12 meses, em Minas Gerais, apenas as atividades de Serviços profissionais, administrativos e complementares (2,8%) e Outros Serviços (8,1%) apresentaram variações positivas.

Os serviços prestados às famílias, no período, apresentaram queda de 36,3%, seguido por Transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio, com retração de 7,4% e Serviços de informação e comunicação.

“Analisando os dados, percebemos que o setor de serviços ainda não voltou aos patamares pré-pandemia. A situação do setor é mais grave, já que para a maior parte não é possível prestar um serviço on-line ou delivery. Nos serviços prestados às famílias ainda existe um déficit muito grande. Nesta atividade estão incluídos os restaurantes, bares, hotéis, academias, entre outros. São os setores mais atingidos pela pandemia”.

Para os próximos resultados, as estimativas são cautelosas e dependerão das medidas adotadas pelos governantes em relação ao controle da pandemia.

“Novos fechamentos e suspensão das atividades poderão prejudicar o desempenho novamente. O setor só irá se recuperar com o controle da pandemia e o avanço do processo de vacinação”, explicou Claudia Pinelli.

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